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VIDA URBANA

Vigilância faz 428 autuações

Produtos fora do prazo de validade e descumprimento das normas de higiene são os problemas mais encontrados pelas fiscalizações.

Publicado em 27/06/2012 às 6:00


Os estabelecimentos que vendem alimentos ocupam o primeiro lugar no ranking de infrações detectadas pela Vigilância Sanitária de João Pessoa. Do total de 428 autos de infração emitidos no ano passado, 239 foram contra lanchonetes, supermercados, restaurantes, panificadoras, hotéis, motéis e outros empreendimentos desse segmento.

Só em 2011, os fiscais apreenderam mais de 1,8 tonelada de produtos, que estavam sendo comercializados sem apresentar nenhuma condição de consumo. Validade vencida, péssimas condições de armazenamento e de refrigeração foram as principais irregularidades detectadas.

Segundo o chefe da Vigilância Sanitária de João Pessoa, Ivanildo Brasileiro, as apreensões e autuações foram o resultado das 1.226 inspeções feitas apenas nesses tipos de estabelecimentos da capital, em 2011. Em 304 empreendimentos, as irregularidades chegaram até a causar a suspensão da licença de funcionamento, mas os proprietários conseguiram liberar o documento, após resolver os problemas denunciados.

Apesar disso, o descumprimento dos prazos de validade e das normas de higiene e de conservação dos alimentos ainda é uma prática considerada comum e é motivo de preocupação para os técnicos da Vigilância Sanitária de João Pessoa. De acordo com Brasileiro, no ano passado, foram feitas 2.085 inspeções em diversos segmentos de comércios da cidade, como hotéis, farmácias, academias de ginástica, quiosques, bares, restaurantes, hospitais e consultórios.

Em todos eles, foram encontradas mercadorias sendo comercializadas e acondicionadas irregularmente. Em muitos casos, os produtos estavam com o prazo de validade vencido. No entanto, este não é o único problema. O chefe da Vigilância Sanitária explica que o consumidor precisa ficar atento às características físicas do produto.

O motivo é que alguns produtos se deterioram também pelo mau acondicionamento, embora ainda estejam dentro do prazo de validade estabelecido. “Já encontramos produtos alimentícios guardados até dentro de banheiros de restaurantes. Esse problema é recorrente”, lamentou Ivanildo Brasileiro.

Para o engenheiro sanitarista Edmilson Fonseca, os alimentos sem condições de consumo representam um sério risco à saúde do consumidor e não podem, de forma alguma, serem reaproveitados. Eles precisam ser enviados para o aterro sanitário. “Se consumidos, podem causar problemas que vão de uma diarreia até levar a pessoa à morte”, destaca. (Colaborou Camila Alves)

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Jornal da Paraíba

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