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VIDA URBANA

Violência começa com ataques psicológicos

Especialistas alertam para a violência psicológica, que não distingue classe social, sendo um dos tipos mais difíceis de identificar e combater.

Publicado em 05/12/2012 às 6:00


A violência psicológica é a primeira que a mulher sofre e é por onde as demais começam. Considerada a forma mais cruel e invisível de violência doméstica, segundo especialistas, ela pode estar presente em um grande número de lares da Paraíba.

Calúnias, injúrias e difamação são algumas formas de agredir psicologicamente uma mulher. Para a delegada da Mulher Maisa Félix, o agressor está em todas as camadas profissionais e quanto maior o nível intelectual, maior as humilhações.

Conforme a delegada Maisa Félix, a violência doméstica não atinge apenas as classes baixas, pois muitas mulheres que são casadas com advogados, médicos e engenheiros, por exemplo, sofrem violência psicológica, embora parte delas não consiga identificar que está sendo vítima de agressão. “Os agressores de nível intelectual mais elevado, por ter essa característica, costumam observar a insegurança da mulher e agem de forma estratégica, manipulando-a e fazendo-a se sentir menor do que o seu real valor”, afirmou.

De acordo com a militante da Marcha Mundial das Mulheres Nicole Geovana, a população acaba fechando os olhos para esse tipo de agressão. “A violência contra mulher é expressada de diversas formas, onde a mais comum entre elas é a psicológica, porém a mais difícil de detectar, pois a violência física, por exemplo, mostra as marcas da agressão, já a psicológica não, por isso a chamamos de violência oculta”, disse.

Já a dona de casa Angineide Pereira se impôs e não abaixou a cabeça para o marido quando ele a 'colocou na parede' e mandou que ela decidisse entre ele ou o Movimento dos Trabalhadores Rurais, ao qual Angineide participava.

“Meu marido vivia com insinuações porque eu participava do movimento, até que um dia ele não aguentou e me disse que escolhesse. Sentei com ele, expliquei que isso era importante para mim e que eu não abriria mão nem do movimento, nem do casamento, que eu, como qualquer outra mulher, poderia conciliar as duas coisas”, relatou ao acrescentar que anos depois veio a separação, que além da agressão psicológica foi motivada por infidelidade.

Segundo a psicóloga Ana Maria, essa imposição é importantíssima no combate à violência contra a mulher. “A violência psicológica é o ponto de partida para a violência física e a exigência pelo respeito e dignidade imposta pela mulher, é um fator preponderante para que a sociedade, que ainda é machista, passe a reconhecer a evolução e ascensão da mulher, inclusive no cenário político e econômico”, ressaltou.

Ana Maria foi enfática ao dizer que os filhos são a causa principal para as mulheres se manterem caladas, mas que isso precisa ser desmistificado. “Muitas mulheres não denunciam os agressores devido ter medo de criar os filhos pequenos, mas isso não deve ser considerado com tanta relevância, pois em casos de separação, as mulheres e filhos ficam acobertados juridicamente, que obrigam os pais a arcar com a criação e educação das crianças”, concluiu.

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Jornal da Paraíba

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