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VIDA URBANA

Vivianny foi morta com golpes de chave de fenda

Vendedora foi morta por gritar pedindo para ir para casa. Ela teve o corpo queimado e jogado no mato.

Publicado em 25/11/2016 às 10:25

A vendedora Vivianny Crisley foi morta com golpes de chave de fenda. Alex Aurélio Tomas dos Santos, 22 anos e Jobson Barbosa da Silva Júnior, conhecido como Juninho, foram responsáveis por matar a jovem, e Fagner das Chagas Silva, conhecido com Bebé, ateou fogo no corpo. Os detalhes da investigação sobre a morte da jovem que havia desaparecido após sair de uma casa de show no bairro do Bancários foram apresentados durante entrevista coletiva na Central de Polícia, no bairro do Geisel, em João Pessoa, na manhã desta sexta-feira (25). Os três vão responder por homicídio, sequestro e ocultação de cadáver e podem pegar até 36 anos de pena. A perícia não tem como comprovar crime sexual, com isso a hipótese de estupro foi descartada.

Segundo a polícia, Juninho e Bebé, que foram presos no Rio de Janeiro, apresentaram versões semelhantes do caso, que contradiziam com as informações repassadas por Alex. Os dois contaram que conheceram a jovem na noite do crime e seguiram de carro em busca de outro local para continuar a diversão. Na versão deles, seguiram para a casa de Juninho, em Bayeux, por não encontrar nenhum local aberto.

Segundo eles, após chegar no local, Juninho e Alex entraram na residência pegaram as chaves de fenda e voltaram ao carro onde estavam Vivianny e Bebé. Foi aí que mataram a moça. Segundo Nóbrega, ao saírem da casa já começaram a efetuar golpes em Vivianny. Depois, para se livrarem do corpo, tiraram gasolina de uma moto, foram até uma mata próxima da residência, colocaram o combustível sobre o corpo e atearam fogo.

"Eles [Juninho e Bebé] confessaram de forma espontânea, porque sabiam que para polícia chegar até eles tinham prova contra eles. Então era só questão de tempo para a verdade. A partir daí, chamei Alex para ser interrogado novamente", afirmou o delegado. O novo interrogatório com Alex foi realizado na quinta-feira (24), onde ele confessou que participou da morte de Vivianny.

Os três afirmam que levaram Vivianny, mas ela estava inquieta, gritando muito querendo ir para casa, dizendo que já estava muito tarde, pedindo para ficar em um ponto de alternativos para voltar para casa. Como ela estava gritando muito e querendo ir para casa, segundo Nóbrega "gerou revolta por parte deles, e usando a linguagem deles, disseram 'vamos calar a boca dessa nega'". Essa versão confirma parte dos primeiros depoimentos de Alex, onde ele afirmou que Vivianny foi morta por gritar para ir para casa.

Integrantes do Instituto de Polícia Científica (IPC) participaram da entrevista e explicaram como foi o trabalho da perícia. O gerente operacional do órgão, Flávio Fabres, relatou que as análises mostraram que Vivianny foi “golpeada sistematicamente diversas vezes” com as chaves de fenda. Ressaltou ainda que a jovem já estava morta quando os suspeitos atearam fogo no corpo.

O médico legista do IPC também falou sobre a possibilidade dos três presos terem cometido violência sexual contra Vivianny. “Através dos elementos que temos não podemos estabelecer que houve estupro”, completou Fabres.

De acordo com o delegado Marcos Paulo, Superintendente Regional da Polícia Civil, Alex Aurélio Tomas, o primeiro suspeito preso pela polícia por participação no crime, mentiu em todos os depoimentos anteriores à polícia, inclusive induzindo a polícia ao erro. "Alex é o pior. Mentiu o tempo todo", afirmou o delegado. "O quarto elemento que foi preso, a polícia foi induzida ao erro [por Alex]", completou. O suspeito preso na última quarta-feira (23) vai ser solto, e segundo o delegado não tem ligação com o crime.

Suspeitos trocam acusações

Após a coletiva da polícia, os três suspeitos falaram com a imprensa. Eles confirmaram as informações dadas pelos delegados, a respeito da participação de cada um, mas Alex levantou uma nova hipótese para o crime. Disse que Juninho teria decidido matar Vivianny porque ela estava disposta a retomar o relacionamento com o marido.

"Ele [Juninho] estava com ciúmes, ela disse que ia voltar para o marido dela . Eles tinham um caso, não sei de quanto tempo, vinham se falando pelo telefone”, afirmou Alex. Juninho disse que Alex estava mentindo para lhe prejudicar ainda mais e que não teria como provar isso. Indagado sobre o porquê de ter ajudado no crime, Alex silenciou e apenas balançou a cabeça negativamente.

O delegado Reinaldo Nóbrega afirmou que a tese colocada por Alex jamais foi citada por ele em nenhum dos interrogatórios ao qual foi submetido. O policial disse ainda que o suspeito é “um dos criminosos mais dissimulados” que conheceu. “Interroguei ele quatro ou cinco vezes e ele sempre falava uma história diferente. Ele tem a dissimulação como uma característica inerente ao caráter dele”, disse.

Para Reinaldo, a história é uma tentativa de aumentar a participação de Juninho no fato e consequentemente reduzir a culpa do próprio Alex.


O trio está preso na Central de Polícia, em João Pessoa. O delegado Reinaldo Nóbrega informou que vai pedir a conversão de prisão temporária para preventiva.

Relembre o caso

Vivianny Crisley desapareceu no dia 20 de outubro, depois que saiu de uma casa de shows, na zona sul de João Pessoa. No dia 7 de novembro um corpo foi encontrado carbonizado em uma mata no município de Bayeux. No dia 11 de novembro, o estoquista Alex Aurélio Tomas dos Santos, 22, foi apresentado pela Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) da Capital, como um dos suspeitos. Foi ele que entregou os nomes de Jobson e Fagner como participantes do crime de homicídio, que se confirmou. A confirmação de que era o corpo de Vivianny veio no dia 14 de novembro.pós exame de DNA.

No último dia 21, foram presos Jobson Barbosa da Silva Júnior e Fagner das Chagas Silva, como principais suspeitos de matar Vivianny Crisley. Eles foram presos no Rio de Janeiro e foram trazidos à Paraíba para responder pelo crime. Um quarto suspeito foi preso na manhã da quarta-feira (23) suspeito de participação no homicídio da vendedora.

Imagem

Jornal da Paraíba

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