Xadrez em sala de aula

Xadrez para melhorar o aprendizado em Português e Matemática e também para trabalhar a disciplina e interação. É assim que acontece na Escola Municipal Monsenhor João Coutinho, no bairro do Róger, em João Pessoa. O projeto de levar xadrez para dentro da sala de aula surgiu em 2005, pelo educador Francisco Cavalcanti, que tinha o objetivo de incentivar os alunos a aprender de uma forma descontraída e leve, mas séria ao mesmo tempo.

“O projeto tem a parte esportiva, claro, que são os torneios, mas tem também a parte pedagógica, que atua com o objetivo de melhorar o rendimento de Português e Matemática”, explicou Cavalcanti. O xadrez é levado para 90% das escolas de ensino fundamental da rede pública municipal, pois a prioridade é usar a ferramenta com estudantes com idades entre 7 e 10 anos. “O xadrez vai ajudar no desenvolvimento psicológico e enfatiza bem essa questão da Matemática, ao mesmo tempo que atinge disciplinas como Português”, destacou.

O aluno Ronald Batista, 9, disse que passa a semana na expectativa pela chegada da terça-feira, dia da aula de xadrez na escola. “É muito legal porque a gente aprende de uma forma diferente. O xadrez exige raciocínio, atenção e paciência, eu adoro”, frisou. O parceiro dele na partida, Elias Gomes, 10, tem opinião semelhante. “Gosto muito da oportunidade de aprender xadrez na escola, antes disso eu não conhecia. A gente tem que usar a inteligência”, afirmou o estudante.

Segundo a professora Gimena Carneiro, é possível perceber o avanço no aprendizado dos alunos depois da implantação do xadrez. “O que observo é que os meninos têm mais facilidade em resolver as questões de matemática, conseguem se concentrar melhor”, comentou. A professora de xadrez Jullyane Saturnino disse que os alunos ficam ansiosos pelo dia da aula. “Outro ponto positivo é que eles conseguem trabalhar a questão da interação com o outro”, ressaltou.

O secretário de Educação de João Pessoa, Luiz Sousa Júnior, disse que a Prefeitura tem cerca de outros 10 projetos, dentre os quais está o de robótica educacional. “Em relação ao de xadrez, podemos destacar que o projeto rende resultado e tem o objetivo de trabalhar a resiliência e a concentração dos estudantes”, destacou. “São projetos que contribuem não só para desenvolver as habilidades, mas para criar a metodologia inovadora da escola”, frisou.