icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Violência no trânsito é caso de saúde pública, diz especialista

Acidentes matam 35 mil por ano e custam R$ 30 bilhões ao país. Modelo francês de prevenção de acidentes teve apoio contínuo do governo.

Publicado em 27/05/2009 às 8:56

Do G1

Em proporções bélicas, os acidentes de trânsito no Brasil matam quase 35 mil pessoas por ano, ou seja, 95 pessoas por dia. Motoristas embriagados, velocidade acima do limite, falta de fiscalização e de respeito entre as pessoas são diariamente listados por entidades e autoridades envolvidas na luta contra os acidentes como as causas do problema que, até agora, não teve solução. De acordo com o secretário executivo do Conselho Estadual para a Diminuição de Acidentes de Trânsito e Transporte (Cedatt), Fábio Racy, a resposta para a diminuição dos acidentes será encarar a questão como caso de saúde pública. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil gasta R$ 30 bilhões por ano no atendimento das vítimas.

E o exemplo vem da França. As entidades francesas Securité Routière – órgão normativo que elaboras as leis de trânsito no país - e Prévention Routière – grupo não-governamental e científico que fiscaliza o cumprimento das leis de trânsito – apresentaram nesta terça-feira (26), durante o Seminário Internacional de Segurança e Proteção no Trânsito e nos Transportes em São Paulo, os caminhos traçados pelo país para reduzir drasticamente o número de acidentes no trânsito.

De acordo com o presidente da Prévention Routière, Pièrre Gustin, 12 pessoas morrem por dia em acidentes de trânsito na França. Entretanto, a realidade no país não foi sempre essa: em 1972 eram 17,5 mil mortes a cada 30 dias, ou seja, mais de 500 diariamente. Os principais inimigos do trânsito eram a falta do uso de cinto de segurança, altas velocidades e o consumo de bebidas alcoólicas por motoristas.

“O pico de catástrofe foi o ano de 1972, com o aumento da frota circulante. A partir daí começamos a fazer uma forte campanha com a sociedade. Em 1973, chegamos a organizar uma manifestação com 17 mil pessoas, que deitaram nas ruas para simbolizar as mortes”, observa Gustin.

A associação Prévention Routière foi criada em 1949, mas precisou muito mais do que a adesão dos franceses e a forte campanha publicitária, necessitou também do forte apoio do governo federal, consolidado a partir de 2003. “A França estabeleceu metas, o que é muito importante”, observa Racy. E metas ambiciosas. O objetivo fixado para 2012 é a redução das mortes em acidentes para menos de 3 mil.

“Em 2003, o governo francês instalou mais de 2 mil radares móveis e fixos nas rodovias do país, reforçou drasticamente a polícia para fiscalização e aperfeiçoou o sistema de multas, que chegam à casa do infrator em, no máximo, dez dias”, explica Gustin. Outra mudança importante estabelecida desde 2008 foi a inclusão de mais 500 radares em cinco anos, a confiscação do veículo em caso de condução sem habilitação e reincidência de infração de velocidade acima do limite ou uso de álcool.

Pièrre Gustin conta que entre os principais desafios das entidades envolvidas na causa foi a mudança de cultura para a condução menos agressiva. Segundo o especialista, as campanhas precisam ser firmes e contínuas para funcionar, por isso, o envolvimento do governo é fundamental.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp