Warley relembra momentos com a camisa de Campinense e São Paulo, e acredita em classificação do Tricolor na Copa do Brasil

Jogo franco, de extrema qualidade e dificuldade, mas com a equipe visitante avançando na competição. É assim que Warley acredita que será a partida entre Campinense e São Paulo, que se enfrentam na noite desta quinta-feira pela primeira fase da Copa do Brasil. O ex-atacante e atual comentarista da Rede Paraíba de Comunicação relembrou, em entrevista, dos momentos vestindo as camisas da Raposa e do Tricolor do Morumbi, fazendo, claro, as suas considerações sobre o confronto. 

Carreira

Tendo por característica a velocidade, Warley chegou ao São Paulo no primeiro semestre de 1999, vindo por empréstimo da Udinese, equipe italiana que havia adquirido o destaque do Athletico Paranaense na temporada anterior. A passagem pelo Tricolor Paulista foi rápida, mas muito proveitosa. Foi no Morumbi que, graças às boas atuações sob o comando de Paulo César Carpegiani, conseguiu chegar à seleção brasileira, à época treinada por Vanderlei Luxemburgo, para a disputa da Copa das Confederações de 99, fato que fez com Warley tenha até hoje uma grande identificação com o clube.

— Joguei pelo São Paulo em 1999 e é um clube que nutro muita identificação. Geralmente quando ando pela rua os torcedores relembram e se dirigem a mim como “o Warley que jogou no São Paulo” e isso é muito legal. Foi o clube que me projetou para a seleção brasileira e por isso tenho um carinho e uma identificação gigantesca pelo Tricolor — afirma.

Identificação também é o que Warley tem de sobra com o Campinense, equipe que atuou em 2012, já consolidado e experiente no cenário do futebol nacional. Pela Raposa, Warley marcou 24 gols na temporada, sendo 22 destes apenas no Campeonato Paraibano, onde foi o grande nome daquela conquista raposeira. Os torcedores, inclusive, esqueceram rapidamente o fato de o camisa 9 ter vindo do arquirrival do Rubro-Negro, o Treze, onde também foi campeão estadual na temporada anterior. 

— Pelo Campinense não é diferente. Apesar de ter jogado pelo rival um ano antes, a torcida me abraçou quando cheguei lá e fui muito feliz. Foi pela Raposa, inclusive, que tive a minha temporada mais goleadora da carreira, quando marquei 24 gols no ano. Lembro que fizeram até uma camisa em minha homenagem, então é um clube que tenho um carinho muito grande em meu coração — pontua.

As equipes vem de momentos semelhantes neste início de temporada. Tanto o Campinense quanto o São Paulo acumularam resultados negativos nos primeiros compromissos de 2022, mas buscaram reverter a situação para voltar ao caminho das vitórias. Os times, inclusive, vem de triunfos importantes nas competições que disputam, e, por isso, Warley acredita que será uma partida equilibrada entre os times, mas, não fica em cima do muro ao apostar que o Tricolor, mesmo sem vida fácil pela frente, avança à segunda fase da Copa do Brasil. 

Quem passa?

— A equipe vem em grandes momentos nas competições que disputam. O São Paulo vem de uma vitória maiúscula contra o Santos em plena Vila Belmiro, pelo Paulistão, e o Campinense vem de um triunfo emocionante contra o Sousa, pela Copa do Nordeste. O São Paulo é favorito por motivos óbvios, por ser de Série A e ter maior investimento. Será um duelo de duas equipes de ótimos comandantes, o Ranielle pelo Campinense e o Rogério Ceni pelo Tricolor e na minha opinião, além de acreditar que será um grande jogo, acredito que o São Paulo se classifica para a próxima fase da Copa do Brasil — avalia.

Pra quem vai a torcida?

Boas atuações, gols e identificação pelos dois times não faltam. Mas, a grande pergunta é: para quem Warley vai torcer quando a bola rolar nesta quinta-feira? 

— É uma pergunta difícil de ser respondida. Tive uma projeção gigantesca atuando pelo São Paulo, e no Campinense tive um momento espetacular na carreira. Então a minha torcida vai para que seja um grande jogo e que avance quem for mais eficiente e competente. Me saí bem dessa, hein? (risos).

Campinense e São Paulo se encontrarão às 21h30 da quinta-feira, em Campina Grande. Por força do regulamento, o time da casa precisará vencer para se classificar à segunda fase da competição nacional. Já a equipe comandada por Rogério Ceni avançará de fase se, pelo menos, empatar.