COTIDIANO
Zuckerberg faz discurso ideal, mas está longe da realidade!
Publicado em 17/02/2017 às 6:20 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:46
Mark Zuckerberg publicou nesta quinta-feira (16) uma carta em que dialoga com os usuários do Facebook. Defende o conceito de uma comunidade global.
Fundador e CEO da rede social, Zuckerberg reage às críticas feitas ao Facebook.
O Face promove censura? Estimula discursos de ódio? Difunde notícias falsas? Acabou contribuindo com a eleição de Donald Trump?
Qual pode ser o seu papel no projeto de uma comunidade global?
Para a construção dessa comunidade global, Zuckerberg defende cinco mandamentos:
Comunidades solidárias. Comunidades seguras. Comunidades informadas. Comunidades civicamente engajadas. Comunidades inclusivas.
Muito bom como lista de propósitos!
Tomemos o exemplo brasileiro. O que nós, usuários do Facebook, temos visto?
O que, na prática, o Face tem feito entre nós, um país mergulhado numa crise econômica e num impasse político, a não ser contribuir significativamente para acentuar as nossas divisões e a intolerância dos extremos?
Em que medida o Face que nós frequentamos, onde fazemos "amigos", produz conteúdos que contribuem com a construção dessa comunidade global que possa melhorar o mundo?
O mundo de Zuckerberg, com suas comunidades solidárias, é belo e irreal como a letra de Imagine, essa balada do beatle John, que nós tanto amamos! Mas que nada pode fazer pelo caos do Espírito Santo quando é executada nas ruas por um motorista solitário!
O mundo está doente, disse o Papa Paulo VI. Faz tempo. Foi nos anos 1960, creio.
A frase continua valendo. Ou vale ainda mais!
As redes sociais têm um papel a desempenhar. O discurso de Mark Zuckerberg trata disso. É interessante como documento sobre a contemporaneidade. Inquieta, mas propõe caminhos difíceis nesse mundo convulsionado.
O progresso agora exige que a humanidade se una não como cidades ou nações, mas como uma comunidade global.
A frase de Zuckerberg parece mais com os versos utópicos de Lennon do que com a vida real!
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