A casa onde viveu o cangaceiro Chico Pereira, localizada em Nazarezinho, no Sertão da Paraíba, foi tombada como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), na última quinta-feira (23), um dia depois do aniversário de emancipação política da cidade. Com isso, o órgão passa a fiscalizar e orientar reformas e projetos de restauração no local, com o objetivo de preservá-lo.
A morada de Chico Pereira ajuda a contar a história do cangaço na Paraíba e desperta a atenção de pesquisadores e curiosos, como é o caso do cineasta Ramon Batista. Natural de Nazarezinho, ele conta que o interesse pelo cangaço influenciou seu desejo de ingressar no audiovisual.
O cineasta relata que desde pequeno escutava histórias do cangaço. Depois de adulto, leu o livro “Vingança, Não”, sobre a vida de Chico Pereira, e passou a visitar a Fazenda Jacu, onde fica localizada a icônica casa. A partir disso, surgiu o desejo de retratar o movimento em um filme, que resultou na criação do curta-metragem “Aroeira”, trama fictícia de 2016.
“O livro “Vingança, Não” foi revolucionário assim na minha vida. Porque após eu ler esse livro eu quis conhecer a casa do Jacu, fotografá-la. Foi aí que surgiu a ideia de fazer um filme”, afirmou Ramon.
Veja o teaser de “Aroeira”
Com a notícia do tombamento, Ramon Batista espera que a casa seja restaurada e transformada em um centro cultural. Ele também expressa preocupação com o estado do local. “Tomara que seja restaurada e transformada em um espaço cultural porque a casa em si é um museu. Essa casa é muito antiga e tem que ser restaurada logo, com uma certa urgência, porque em breve não vai ter mais nem o que recuperar”, expressou o cineasta.
Cangaceiro estilo “Far-West americano”
Chico Pereira era de Nazarezinho, na época distrito da cidade de Sousa, e filho do coronel João Pereira. Em uma disputa política, o coronel João Pereira foi assassinado por um homem chamado Zé Dias, que nunca chegou a ficar preso. Mesmo o pai tendo pedido, no leito de morte, que o filho não se vingasse, o desejo de vingança foi maior, levando Chico Pereira a ingressar no cangaço.
Chico Pereira não utilizava as vestes tradicionais do cangaço, como o chapéu de abas dobradas na testa e o gibão. O cangaceiro preferia utilizar lenço no pescoço, chapéu de abas abertas, cartucheiras e calças culote. Em um trecho da Gazeta de Notícias, de 10 de novembro de 1927, o cangaceiro é retratado como “um admirador dos heróes do Far-West americano”. O texto é citado na monografia “Nas Redes das Memórias: as múltiplas facetas do cangaceiro Chico Pereira”, de Guerhansberger Tayllow Augusto Sarmento.
Ele permaneceu no cangaço até 1928, quando foi aprisionado em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, e transferido para Acari, no Rio Grande do Norte, onde foi executado.
Essa luta começou com Íris Mendes e Helena Pereira de Nazarezinho que fizeram articulações com o Iphaep. Seria bom escutá-las nas próximas. É uma luta antiga delas.
É verdade Bertrand. Aconteceu o evento do Parahyba e Cariri Cangaço aqui em Nazarezinho,com o apoio da Prefeitura.Contamos com os companheiros Cesar Nóbrega da cidade de Sousa e Augusto Sarmento,da cidade do Lastro.
Casa de bandido vira patrimônio histórico. Se a moda pega kkkk
Nazarezinho está de parabéns com esse tombamento da casa sede da fazenda JACU.
PARAIBADA
Que maravilha essa notícia. Embora tardia.
A casa quase no chão aí o iphaep vai tombar,vocês estão de brincadeira
Como podemos ter acesso a este filme? Li o livro q é uma obra prima. É muito bom conhecer a história de nossa família. Quero muito ver o filme
Só no Brasil mesmo para casa de bandidos, assassinos e estupradores virarem patrimônio histórico… Absurdo!. Essa “romantização” que fazem envolta do Cangaço só tem um nome: bandidolatria! Daqui a pouco vai começar a enaltecer o chamado “novo cangaço” dos dias de hoje também, dos que explodem caixas eletrônicos e implantam o terror em pequenas cidades, fazendo reféns, atirando a esmo na rua etc.
Quer dizer que a pobre Paraíba com milhares de famintos vai gastar dinheiro com casa de bandido?
Realmente todos os valores estão invertidos.
Aigusto dos Anjos, Epitácio Pessoa, Abelardo Jurema, Maurílio Augusto de Almeida e tantos outros mergulhando no esquecimento e um cangaceiro sendo idolatrado.
Como paraibano sinto vergonha.
SEM JUSTIFICATIVA, recomendo aos que não teem conhecimento dos fatos a, em primeiro momento lerem o livro “VINGANÇA NÃO”!
Essa casa vai ser um prato cheio pra futuras corrupções,vão gastar muito dinheiro e muito mais vão embolsar,o problemas é que não vejo tombamento de pesssoas que praticaram o bem,essas ficam no esquecimento eteno!!!
O fato de ser chamado cangaceiro na época não significava ser bandido, eram épocas de falta de leis e direitos violados, conheço a história de Chico Pereira e começou em busca de Justiça com um estado burguês aonde a Justiça era baseada na sua fortuna.
Não compreendo tanta idolatria por este cangaceiro e por todo o cangaço. Cangaceiro é sinônimo de bandido e não de heroismo são duas coisas completamento diferentes.
Façam pesquisa onde tem casas de barro, taipa onde moram famílias trabalhadoras e q estão desmoronando p recuperá-las
Ao Sr Andre Soares
Antes de fazer comentários desse tipo, procure conhecer a História de Chico Pereira e de sua família sobretudo o motivo que o levou a cometer um assassinato.
Só quem é homenageado hj é Bandido,Ladrão, já tem alguns ai sendo endeusaudos.
Sou filho do nordeste ,ainda que as pessoas acham ruim as histórias , quero saber, averiguar não para julgar mas entender
Só que não leu o Livro “Vingança Não” realmente abre a boca pra falar besteira. Adoro a história de Chico Pereira. Por que o que levou ele a entrar para o Cangaço foi a vingança pelo o assassinato do pai. Fiz parte do Projeto “Revelando os Brasis” e tenho um Documentário: “Na Cabeça do Povo”. Onde as pessoas dão depoimentos sobre Chico Pereira. Mas recomendo o Livro Vingança Não. Aí sim vocês vão saber realmente a história de Chico Pereira. E sim está luta começamos a muito tempo desde o início do Projeto “O FEIRAÇO”, depois veio o Cariri Cangaço onde saiu este documento onde a gente pedia pelo tombamento da casa.
O cancaco sempre foi necessário,para punir os protegidos, até hoje temos
Quando se faz um comentário sem o mínimo de conhecimento do que se está falando, no mínimo sai um desastre. Para os desavisados, a casa do Jacu pertenceu ao Coronel João Pereira, assassinado em consequência de disputas políticas e econômicas com a família Mariz da cidade de Sousa-PB. O seu filho Chico Pereira, nasceu nessa casa, tombada recentemente. Qualquer cangaceiro que teve destaque nesse tipo de banditismo rural, como por exemplo: Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino, Lampião, Sinhô Pereira, Corisco, Chico Pereira e outros, são personagens de um fenômeno que posteriormente rotulou-se de Cangaço. Quando se estuda esse banditismo, não quer dizer que a pessoa comungue e ache certo as atitudes, o modo de agir desses bandoleiros. O tombamento da casa onde o cangaceiro Chico Pereira morou por algum tempo, se faz necessário transforma-la em museu. Agora, é bom saber que isso passa muito longe de transformá-lo em heroi, enaltecer os seus atos ou romantizar a sua história. O museu, ou um museu, não é uma estátua,um monumento, uma rua ou uma praça pública, onde no caso, seria inadequado homenagear qualquer expoente do Cangaço. Museu é necessário para preservar a memória de uma época. Estudando cangaço, estuda-se Coronelismo, que era a política da época, religiosidade arcáica, os costumes e cultura. Chico Pereira está inserido em todo esse contexto. Como falei anteriormente, o museu vai ser até importante para esclarecer pessoas totalmente desinformadas sobre o que seja essa “instituição”, esse espaço que guarda a memória e o conhecimento. Se esse museu se consolidar, Nazarezinho será outra cidade. Viva a cultura!
Gostei muito da notícia. E sim, quero ler o livro Vingança, Não e assistir ao filme Aroeiras. Também terei o prazer em conhecer o patrimônio histórico. Parabéns aos idealizadores.
Fez justiça.apoiado
Antes de comentarem e falarem bobagens leiam o livro primeiro é depois tirem suas conclusões.
Saudosistas de coisas ruins,é como matar e não enterrar:fica sempre o podre na memória.
Pessoas desatualizadas historicamente jamais entenderiam a importância de Chico Pereira, isto é fato.
Fui aluna na UFPB de Chico Pereira ( o filho), tenho muito orgulho disso. Chico Pereira foi vítima de uma injustiça praticada pelo coronelismo que imperava no sertão paraibano na época.
So mesmo o Brasil para ter a inversão de valores os verdadeiros herois que foram os policiais que deram suas vidas para acabar com esses bandidos, sequer são homenageados no proprio batalhão da polícia militar.
Ao inves de restaurar a casa de um bandido que nada trouxe de bom para a humanidade deveriam construir uma escola publica e colocar o nome do policial que colocou fim a esse bandido inutil.
Independente da história, não deixa de ser bandido
Tive o prazer de interpretar alguns personagens dessa emocionante e linda história, nos palcos dos teatros dessa minha Paraíba a fora. Agradeço eternamente ao meu professor e diretor Geraldo Jorge por ter me dado essa grande oportunidade.
Sugiro que leiam o livro Vingança Não, escrita por seu filho também Chico Pereira filósofo, professor de filosofia da UFPB. Leiam. Foi meu professor, amigo, grande homem.
Ignorância, imbecilidade e má fé faz escola nesse tempo difícil! Eis o verdadeiro motivo dessas reações absurdas ao intento de resgate da História.
Muitas edificações que marcaram fatos emblemáticos da história estão preservados no mundo. Não se pode julgar se os envolvidos eram mocinhos ou bandidos. Se fosse olhar isso, muitos lugares como por exemplo, os campos de concentração nazistas onde ocorreram muitos dos maiores crimes da história, não seriam preservados.
Até que fim saiu o tombamento
Da história d tio Chico Pereira
Uma estória que leva a todos
O conhecimento e fatos Reais que aconteceram no passado
Que conhece a história e já leu
O livro sabe que a entencao de padim não era só pra mostrar a história d tio Chico e sim , trazer pra o sertão o olhos do mundo enteiro e o conhecimento de como era o cangaço
+55 83 9911-8286. O professor Pereira que reside em Sousa PB tem o livro pra vender… “Vingança Não” só enviar o whatsapp pra ele, ele envia por correio… busquei pessoalmente pois estava de férias em Nazarezinho..
Este número aí q anotei é o whatsapp do prof Pereira, esqueci de especificar
Muito bacana mesmo, parabéns