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CULTURA

A alma dos Beatles que continua viva

O mais querido George Harrison, é um legado dos Beatles, cujos componentes eram individualmente tão grandes quanto a banda.

Publicado em 29/11/2011 às 6:30


A anedota tem muitas versões: na mais famosa, John Lennon seria o cérebro dos Beatles; Paul McCartney, o coração; George Harrison, a alma; e Ringo Starr... Bem, Ringo Starr seria o baterista.

Pode não passar de uma anedota, mas o fato é que, quando os quatro garotos de Liverpool cresceram e se viram donos de seus próprios narizes, John Lennon, o tecelão de sonhos, já não tinha cabeça para acreditar em mais ninguém além de si.

Com o último fiapo que restava do novelo, bordou uma breve carreira interropida por quatro tiros que ainda ecoam na calçada do edifício Dakota, em Nova York.

Paul McCartney deu 'asas' ao coração e, atualmente, quando já passou dos 64 sem perder seus cabelos, continua achando quem lhe mande garrafas de vinho no Dia dos Namorados.

Ringo ficou por ali batucando e, até este mês, como mostrou em Recife (PE), não tem feito outra coisa senão falar dos 'garotos' e mostrar que, quando empunha o microfone, a cantoria 'não vem fácil'.

Harrison, porém, abraçou a filosofia de Krishna e reconheceu que 'tudo passa', que 'nada na vida pode durar para sempre' e, como disse em entrevista pouco antes de sua morte, há exatamente 10 anos: "nada importa, ninguém pode destruir o que está em nossa alma".

O caçula dos Beatles, que para entrar na banda teve que provar que o seu porte magricela de adolescente carregava na verdade um precoce talento das guitarras, deixou uma verdadeira filosofia de vida como epitáfio.

Senhor já maduro, mantinha os cabelos nos ombros e a mesma barba que o mundo conheceu no rosto de um sujeito que atravessou a faixa de pedestres da Abbey Road todo de jeans, no final de uma fila.

"Não há tempo em que não existimos nem haverá tempo em que deixaremos de existir", costumava falar. "A única coisa que muda é o corpo. Nossa alma permanece em um corpo astral. Eu fico triste com o mundo, mas eu olho para ele sem raiva", admitia.

Justo um artista que teve que se equilibrar na corda bamba dos gênios de seus parceiros, vendo poucas mostras de seu repertório incluídas na discografia do Fab Four: apesar de 'Something', apesar de 'While my guitar gently weeps'.

Justo o amigo que, após a separação com a sua primeira esposa, Pattie Boyd, não manifestou nenhum ranço diante do romance entre ela e o seu companheiro de cordas, Eric Clapton (que, reza a lenda, compôs para ela 'Layla', um de seus maiores sucessos).

Harrison personificou sim, a alma dos Beatles. E é por isso, talvez, que ela nunca deixará de pairar sobre nós depois que mentes, corações e baquetas silenciarem para sempre.

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Jornal da Paraíba

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