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CULTURA

A arca de Vinicius faz nova viagem

No centenário do Poetinha, que coincide com o mês das crianças, sua obra infantil A Arca de Noé é revisitada em um novo projeto.

Publicado em 12/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 17:52

Em tempos em que festa infantil é animada por músicas de Psy e, pior, Anitta, como é bom respirar Vinícius de Moraes (1913-1980). No mês do centenário do Poetinha, que coincide com o mês das crianças, sua obra infantil A Arca de Noé é revisitada em um novo projeto e incluída em uma coletânea de videoclipes.

A Arca de Noé 2013 (Sony Music, R$ 27,90), projeto encabeçado pela gaúcha Adriana Calcanhotto e pela filha de Vinícius, Susana Moraes (em parceria com Dé Palmeira e Leonardo Netto), recria o universo criado por Vinícius no começo dos anos 80 e lançado em dois discos, A Arca de Noé (1980) e A Arca de Noé 2 (1981).

O time escalado para a nova versão é estelar: vai de Caetano Veloso a Seu Jorge, passando por Miúcha, Bethânia, Erasmo Carlos, Gal Costa, Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Orquestra Imperial e até o próprio Vinicius (que não gravou nada nos outros dois discos). O CD inclui uma rara versão dele cantarolando a famosa ‘A casa’.

O único nome do projeto original é Chico Buarque, que trocou os versos da faixa de abertura ‘A arca de Noé’ por uma versão sambista de ‘O pinguim’ (originalmente gravada por Toquinho).

O projeto traz 17 faixas pinçadas entre os dois discos. São os clássicos em novas roupagens. “Queríamos que as novas versões seguissem o espírito aberto, ousado e inquieto de Vinicius”, declarou a herdeira Susana. “O resultado está aí, versões novas, divertidas, os artistas fora da zona de conforto de cada um”.

Esse “desconforto” trouxe algumas boas surpresas. O “pato pateta” de Zeca Pagodinho é uma delas, que tirou ‘O Pato’ da excelência vocal do MPB-4 (originalmente, uma valsa) para fazê-lo cair no samba. Já Mart’nália levou ‘O gato’ de Marina Lima para uma volta no Velho Oeste, em arranjo agalopado.

A Orquestra Imperial também não decepciona ao revistar ‘A foca’ de Alceu Valença. Com os vocais de Rodrigo Amarante, a faixa ganhou um cha-cha-cha, repleto de metais, em meio ao clima de circo. E Miúcha se une a Paulo Jobim para recriar ‘São Francisco’, mas não com o foco na versão que Ney Matogrosso gravou em 1980, e sim na de Sílvio Caldas, de 1954.

A épica ‘A arca de Noé’, que trazia Milton Nascimento e Chico, hoje têm Bethânia, Seu Jorge e o ex-Exaltasamba Péricles, em arranjos que diferem do de Rogério Duprat (1935-2006), agora assinados pelo norte-americano Miguel Atwood-Ferguson, maestro que já trabalhou com Marisa Monte e The Roots.

Mas a maior surpresa do repertório é ‘O Elefantinho’, canção que Adriana Calcanhotto (ou Partimpim, como queira) fez a partir do poema inédito de Vinicius, em clima bem jazzístico.

EM CD E DVD

A Arca de Noé também navega no lançamento da Universal Music Chico & Vinicius Para Crianças, que acaba de sair em DVD. Trata-se de uma coletânea de videoclipes inéditos que mistura o repertório d’As Arcas originais com Os Saltimbancos (1977), de Chico Buarque.

São 13 animações simples (bem ao estilo Galinha Pintadinha), mas encantadoras, que ilustram canções como ‘Bicharada’, ‘História de uma Gata’ e ‘Um dia de Cão’ – as três d’Os Saltimbancos – com ‘O pinguim’ (Toquinho), ‘O Pato’ (MPB-4), ‘O Leão’ (Fagner), ‘A foca’ (Alceu Valença) e ‘O pintinho’ (As Frenéticas).’

Imagem

Jornal da Paraíba

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