CULTURA
A arte das ruas ganha espaço e organização em João Pessoa
Começa nesta sexta-feira a 2ª edição do Encontro de Graffiti CIC, com artes visuais, música e cinema.
Publicado em 15/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:10
Geralmente marginalizada, desvalorizada e colocada de lado pelas mídias, a arte de rua ganha sua voz no 2º Encontro de Graffiti CIC, que acontecerá gratuitamente a partir desta sexta-feira até domingo, no bairro São José e no Skate Plaza (localizado no Retão de Manaíra), em João Pessoa.
A abertura acontecerá hoje, a partir das 14h, no Centro Comunitário do São José, com homenagem ao grafiteiro paraibano Giga Brow. “Além de ele ser um dos pioneiros no graffiti, ele é um dos formadores do movimento hip hop no Estado”, justifica Gerrard Miranda, organizador do evento e diretor do Centro Interativo de Circo (CIC).
No mesmo dia, a partir das 20h, no Skate Plaza, a Família ZO lançará o primeiro DVD de rap da Paraíba, FZO, seguido de apresentações do DJ Mauro, NSC (de Maceió), Menestreis MCs, Dumatu, Jorge D-la Grota e VJ Metralha.
De acordo com Gerrard Miranda, o 2º Encontro de Graffiti CIC faz parte do projeto Arte e Cultura de Rua, que vai promover no próximo mês, no Centro Histórico da capital paraibana, o Encontro de DJs.
Na programação musical do evento, shows com Atitude Feminina, DJ Raffa (ambos do DF), Dumatu, Camila Rocha (ambos da PB), Arielly Oliveira (AL), Gutierrez (RJ) e os pernambucanos Negrita, Afronordestinas, DJ Big e Crew PFC, dentre outros.
Competição de skate, vivência feminina, debates, microfone aberto, exposição, mercado de produtos, apresentações de break e intervenções culturais completam a grade, que pode ser conferida na fanpage oficial do CIC no Facebook (www.facebook.com/centro.interativodecirco).
EM TODO CANTO
Além do homenageado, o encontro conta com a presença de 150 grafiteiros de todo o país, dentre eles Shiko, Marquinhos Perfect, Cyber, Dedo Verde, Witch, Marcelo Ment, Acme, Marcelo Eco e Preas.
“Comecei pichando, mas desenhava desde criança. Cresci numa casa onde meu irmão mais velho já desenhava”, relembra Giga Brow, na área há mais de 18 anos.
Sobre a visão estereotipada da arte de rua que boa parte do público tem, Brow pondera: “Preconceito existe em todo canto, a partir de que você não tenha acesso a informação”.
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