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CULTURA

A Bela Dama em 1080p

Após duas edições em DVD, musical vencedor de 8 oscars 'My Fair Lady' é lançado em blu-ray pela Paramount.

Publicado em 18/07/2012 às 6:00


Com capa inédita e uma nova mixagem de áudio, distribuída para 7.1 canais, um dos musicais mais queridos do cinema chega ao mundo da alta definição. My Fair Lady (1964), agora lançado pela Paramount (depois de duas edições em DVD pela Warner), teve um ‘upscaling’ para 1080p a partir da meticulosa restauração feita com o filme em meados dos anos 1990.

Vencedor de oito, dos 12 Oscars para o qual foi indicado (incluindo Melhor Filme), My Fair Lady (cujo subtítulo Minha Bela Dama foi suprido da nova capa) leva para as telas um misto de Cinderela com O Discurso do Rei, sob a direção caprichada do diretor George Cukor, de Núpcias de Escândalo (1940) e Nasce uma Estrela (1954).

No longa de quase três horas, concebido inicialmente para a Broadway a partir do roteiro do escritor George Bernard Shaw, um pedante professor de fonética, Henry Higgins (Rex Harrison, papel que lhe valeu um Oscar), aceita o desafio de transformar a maltrapilha, histriônica e impetuosa Eliza Doolittle (Audrey Hepburn) numa verdadeira lady de pronuncia impecável.

Há 20 anos, os negativos de My Fair Lady estavam praticamente sumindo. Desgastados pela ação do tempo e em péssimo estado, o filme foi restaurado pelas mãos de Robert A. Harris e James C. Katz e digitalizado com correção de cores e imperfeições. “Quando (o filme) está descolorido, rosa, ou azul, perdemos os detalhes do rosto, começamos a perder as atuações, começamos a perder informações. Perdendo informação nos quadros, eles deixam de contar uma historia.

Não há mais comunicação, não há mais filme”, sentenciou o diretor e especialista em história do cinema, Martin Scorsese.

O depoimento de Scorsese integra o ótimo documentário ‘More Loverly Than Ever: O Making Of de My Fair Lady’, presente nos extras do blu-ray. Por quase uma hora, atores, equipe técnica e especialistas como Scorsese e compositor Andrew Lloyd Webber (de O Fantasma da Ópera) comentam os bastidores do filme, entrelaçado com o processo de restauração, uma verdadeira aula sobre películas e transferências digitais. E isso ainda nos anos 1990.

Feito em 1994 para o lançamento em DVD, o making of aborda, entre seus pontos nevrálgicos, o quiproquó relativo à dublagem das canções de Audrey Hepburn. Sem o vozeirão de uma soprano, a atriz acabou sendo dublada pela cantora Marni Nixon, embora tenha tentado, em vão, emplacar a própria voz – nos extras, há dois números com o vocal original de Audrey.

A dublagem – um pecado em se tratando de um grande musical – teria vindo a público logo após a retumbante estreia do filme e, especula-se, tenha prejudicado Hepburn no Oscar, que sequer mereceu uma indicação pelo papel executado tão bem. O prêmio acabou indo para atriz que havia desempenhado a florista alguns anos antes, na Broadway, Julie Andrews, por Mary Poppins.

Em termos de extras, a edição em blu-ray traz o mesmo material do DVD duplo lançado pela Warner em 2004. Há o jantar que celebra o início da produção; o áudio de Cuckor dirigindo uma das atrizes; pequenos trechos da premiação no Oscar de 1965, e curtos depoimentos de Scorsese e Lloyd Webber, além de uma galeria onde podem ser apreciados os famosos figurinos de Cecil Beaton, também consagrado com o Oscar.

E apesar de não haver, em parte alguma, qualquer referencia a uma remasterização em 4K para o lançamento em alta-definição, padrão adotado pelos grandes estúdios para seus grandes clássicos, a transferência do musical para o blu-ray é satisfatória, sobretudo graças ao ótimo trabalho que foi feito com a restauração nos anos 1990, ressaltando as cores e a iluminação.

Em relação ao DVD, o ganho com o áudio também é marcante, já que a trilha original, além da mixagem para os novos home-theaters de 7.1 canais, vem remasterizada em DTS sem compressão (o chamado lossless, ou seja, sem perda nenhuma de qualidade).

Com qualidade exuberante para atrair uma nova audiência, o blu-ray de My Fair Lady também é um deleito para os fãs antigos de um dos mais cativantes musicais produzidos em Hollywood em todos os tempos.

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Jornal da Paraíba

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