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CULTURA

A flauta revolucionária

Celebrando 40 anos do mitológico 'Thick as a Brick', flautista e multi-instrumentista do Jethro Tull, Ian Anderson, entra em turnê no Brasil.

Publicado em 13/03/2013 às 6:00


Certa vez, Ian Anderson disse que Thick as a Brick, o lendário disco de sua banda, Jethro Tull, era a “mãe dos discos conceituais”. Lançado em 1972, o disco alcançaria as paradas de sucesso, mesmo tendo apenas uma faixa (dividida em dois temas, cada uma com pouco mais de 20 minutos), cunhada com muito rock progressivo, cujas letras são inspiradas no personagem Gerald Bostock, o “Little Milton”, um garoto de 8 anos criado na fértil imaginação de Anderson.

Aos 65 anos, o flautista, multi-instrumentista, fundador e ícone da banda britânica chega ao Brasil com a turnê que celebra os 40 anos do mitológico Thick as a Brick, que apresenta na íntegra, acompanhado por uma banda de cinco músicos - Florian Opahle (guitarra), Scott Hammond (bateria), David Goodier (baixo), John O'Hara (teclados) e Ryan O'Donnell (vocal).

O braço brasileiro da turnê começou ontem em Porto Alegre (RS), chega hoje a São Paulo (SP), passa sexta-feira por Belo Horizonte (MG) e termina sábado que vem em Olinda (PE), região metropolitana do Recife, com única apresentação no teatro Guararapes e ingressos entre R$ 100,00 e R$ 250,00 (veja serviço nesta página).

Por e-mail, o JORNAL DA PARAÍBA conversou com Ian Anderson sobre os shows que ele faz no Brasil, o mitológico disco que impulsiona a turnê e sua sequência, Thick as a Brick 2, lançada no ano passado por Ian, solo (a banda se desfez em 2010).

“É um concerto de rock num contexto bem teatral, com muitos vídeos e performances adicionais, se comparado a outras turnês”, descreve o flautista. “Eu espero ver por lá um monte de velhos camaradas se divertindo. Nós realmente nos divertimos muito fazendo este show”.

O músico escocês conta que irá tocar ambos os discos - Thick as a Brick e Thick as a Brick 2 – exatamente da maneira como foram gravados, com um intervalo de 15 minutos entre as duas metades do show.

"Com vários links de vídeo e seções, isso significa que são mais de 2,5 horas na minha companhia. Então traga uma boa almofada, uma sopa quente e alguns sanduíches. Será um longo filme”, brinca, acrescentando que o repertório também comporta algumas faixas de Aqualung, o célebre disco do Jethro Tull lançado um ano antes de Thick...

“LP é tão relevante quanto Beethoven”

Sem um mísero resquício de falsa modéstia, Ian Anderson diz que o LP de 1972 continua tão relevante quanto Muddy Waters ou Beethoven, por exemplo.

“Toda a música é eterna. Se é uma boa música, ela é eterna”, diz. “O disco foi escrito através dos olhos de um pequeno garoto (Gerald Bostock) quando eu tinha 25 anos. Quarenta anos depois, parece que ele ainda funciona, sobretudo hoje, com minha mente mais clara e mais madura".

Já em carreira solo, exatos 40 anos depois, o líder do Jethro Tull retomou a história do personagem ficcional Gerald Bostock.

"Sempre me perguntaram, ao longo dos anos, por que eu não fazia uma sequência para TAAB. Eu finalmente tive uma boa ideia 39 anos depois, que evitaria a nostalgia e traria o personagem de Gerald Bostock para a época de hoje", comenta.

"As várias possibilidades do que poderia ter acontecido com ele são, de fato, o tema do álbum. Possibilidades paralelas e opções, como pode acontecer na vida de qualquer um de nós, como decisões a serem tomadas e a chance de intervir no destino", acrescenta, revelando que só topou fazer esse disco depois de uma análise cuidadosa e bem pensada de como seria o conteúdo, o conceito e o estilo musical do disco.

“Quarenta anos depois, esse disco é a sequência estabelecida no tempo presente, não em 1972, então eu tive que esperar 40 anos antes de encontrar uma boa razão para fazê-lo e um conceito que justificasse o esforço”.

Músico grava novo disco no fim do ano

Ian Anderson conta à reportagem que acabou de compor um novo álbum, que deverá ser gravado no final deste ano e lançado em 2014. “E aí lá vamos nós de novo”, brinca. “Gerald Bostock volta com sua nova, grande ideia. Mais discos conceituais de rock progressivo! É tudo que o mundo precisa, você não acha?! Ou talvez seja apenas a minha imaginação”.

Para o flautista mágico do rock, a sonoridade da música contemporânea é praticamente a mesma dos últimos 30 anos.

“Desde o advento do sampler digital e do sequenciador no início dos anos 80, somente a complexidade e a sofisticação evoluíram. Os sons atuais não trazem mudanças significativas”, opina.

“Eu acho que as pessoas esquecem que os grandes avanços foram feitos nos anos 1960, com os instrumentos elétricos, e nos anos 70, com os primeiros sintetizadores. A tecnologia digital chegou na década de 80 e desde então a música pop e o rock têm estado bem paradões em termos de novas ideias. Na verdade, as bandas de hoje não soam tão diferentes daquelas do começo dos anos 60”. (Colaborou Láuriston Pinheiro)

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Jornal da Paraíba

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