CULTURA
A fome tropicalista
Sessão do documentário 'Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now' inaugura nesta quinta-feira (29) Cine Funjope Linduarte Noronha.
Publicado em 29/11/2012 às 6:00
Se os tropicalistas já entraram na casa dos setenta (vide Caetano e Gil, este ano), a antropofagia do tropicalismo continua com um apetite de menino. Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now (Brasil, 2012), filme que inaugura o Cine Funjope Linduarte Noronha hoje, às 19h, em sessão para convidados, exibe o vigor de um movimento que previu (e resistiu) às transformações culturais da era digital.
"Tínhamos o desafio de não olhar para o passado com nostalgia e, mais do que recontar a história do tropicalismo, mostrar o que ele tem hoje como proposta", diz o cineasta Ninho Morais, que dirigiu o longa ao lado de Francisco César Filho. O diretor confirmou sua presença para a sessão (gratuita e aberta ao público) de amanhã, às 9h, após a qual debate com Torquato Joel, diretor do curta-metragem Ikó- Eté (Brasil, 2012), que também será exibido nas duas sessões.
Projetado, segundo Ninho Morais, para ter uma estrutura "que lembrasse a de um LP de três faixas", Futuro do Pretérito aposta no hibridismo para documentar o tropicalismo a partir das vertentes musical, histórica e performácia.
"Gravamos o Gilberto Gil durante o show Futurível e o fórum de cultura digital que ele presidiu, em 2010", descreve o cineasta. "Gilberto Gil foi de uma geração que, como a Dilma (Rousseff), está tendo a oportunidade de dizer a que veio de forma política.
Além da música de Gil, o documentário também conta com a presença de André Abujamra, que levou o prêmio de melhor trilha musical pelo filme no 40º Festival de Gramado, em agosto.
O ESPAÇO
O Cine Funjope Linduarte Noronha tem capacidade para 150 lugares e ocupa o primeiro andar da sala da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), no Centro. A programação de dezembro, com duas sessões semanais e sob a curadoria da atriz Marcélia Cartaxo, será anunciada na solenidade de inauguração da sala, esta noite. A Funjope já conta com um acervo de 400 títulos doado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine).
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