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CULTURA

A grande voz de Buika

Nascida em Palma de Maiorca, cantora espanhola Concha Buika lança seu primeiro álbum de inéditas com 12 faixas.

Publicado em 10/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 15:55

Embora dourasse o currículo com uma indição ao Grammy em 2008, foi graças ao filme A Pele Que Habito (2011) que a cantora espanhola Concha Buika, enfim, despontou para o mundo.

Nascida em Palma de Maiorca, a cantora pontuava o longa-metragem de Pedro Almodóvar com a bela ‘Por el amor de amar’, uma balada emocionante entoada pela voz madura e rascante da cantora que cresceu em meio a ciganos e logo freqüentava respeitados palcos de jazz.

Até A Pele Que Habito, Buika era uma cantora de poucos palcos e um público refinado. Nascida em berço flamenco, cresceu mirando as grandes vozes do jazz e do soul e logo conquistou um séquito notável de fãs, entre eles a cantora pop Nelly Furtado (com quem gravou ‘Fuerte’) e o tarimbado pianista cubano Chucho Valdés, com quem fez El Último Trago (2009).

Hoje morando em Miami e gravando em ótimos estúdios americanos, Buika lança seu primeiro álbum de inéditas desde El Último Trago, La Noche Más Larga (Warner Music, R$ 35,00) - entre eles há uma ótima coletânea, editada no Brasil, lançada na época de A Pele Que Habito, En Mi Piel (Warner, 2011).

La Noche Más Larga coroa tudo que a cantora tem feito até aqui (um total de seis álbuns, lançados a partir de 2006), um jazz orgânico e caliente, tradicional em sua execução, mas moderno em sua linguagem global, de untar com flamenco e ritmos cubanos e africanos, uma combinação de bases jazzísticas e um cantar forte, seguro e explosivo.

O CD traz um repertório afinadíssimo de 12 faixas, pinçadas entre clássicos das mais diversas nacionalidades. Estão lá 'Siboney', do cubano Ernesto Lecuona; ‘Ne me quitte pas’, do chansonnier belga Jacques Brel, em grande interpretação; a arrebatadora canção mexicana ‘La nave del olvido’ (bastante freqüentada por Julio Iglesias) e uma surpreendente versão caliente para um standard de Billie Holiday, ‘Don’t explain’.

Da Argentina, ela foi pinçar covers de dois baluartes portenhos: ‘Yo venga a oferecer mi corazón’, de Fito Páez (assinando seu nome verdadeiro, Rodolfo Páez), e 'Santa Lúcia', de Roque Narvaja. ‘Throw it away’ completa o set de versões, um belo (e justo) tributo a Abbey Lincoln, uma grande cantora que partiu em 2010 - e que o mundo deveria conhecer mais.

As outras cinco faixas são todas autorais, duas delas, velhos hits da cantora em novas roupagens: ‘Cómo Era’e ‘Sueño con ella’ (as versões originais aparecem em En Mi Piel). Destaque, ainda, para ‘No lo sé’, que ela canta muito bem acompanhada pelo dedilhado do guitarrista Pat Metheny.

Viajando pelo mundo em repertório globalizado, Concha Buika consegue deixar sua marca, recriando um cancioneiro valioso em disco extraordinário que a estabelece, em definitivo, como uma das grandes cantoras da atualidade.

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Jornal da Paraíba

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