A jornada da arte em Areia

As artes cênicas são o destaque do segundo dia de programação do 14º Festival de Artes de Areia, que começou ontem e se estende até o dia 4 de agosto, no Brejo paraibano (a 130 quilômetros de João Pessoa).

Apresentações de circo e de dança (confira a programação completa clicando aqui) são as principais atrações do Polo 'Armaria Mainha', onde uma grande tenda foi armada com inspiração na frase do personagem 'Bode Gaiato', febre nas redes sociais.

A agenda cultural desta terça-feira começa pela manhã, no Casarão José Rufino, onde funciona o Polo Artéria das Artes.

Entre os artistas visuais que expõem neste polo, estão os fotógrafos Aurílio Santos, Diego Nóbrega e Luciana Urtiga; além da artista plástica Maria dos Mares e dos artistas multimídia Daniela Georgia, Felipe Spencer e Janaína Castoldi.

As exposições ficam em cartaz até o penúltimo dia do festival e podem ser visitadas pelo público até as 18h. O passeio inclui a passagem pelo Pavilhão do Lambe-Lambe e História da Fotografia, organizado por Ricardo Peixoto.

À tarde, após as apresentações dos projetos de musicalização infantil do Grupo Pirralhim e dos lançamentos de publicações dos selos das editoras da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB)e 'A União', o Grupo Bufões de Olavo, do Núcleo de Estudos e Experimentação do Cômico (Neeco) apresentam Clown Bar, espetáculo dirigido por José Tonezzi que vai representar a Paraíba na Colômbia em outubro.

"Estamos confirmados para um festival de teatro universitário por lá, entre os dias 7 e 12 de outubro", avisa Nyka Barros, a palhaça 'Cavalera', de Clown Bar. "Acabamos de pagar a viagem para a Suíça e já vamos nos endividar de novo", diz ela, lembrando a viagem que o grupo egresso do Curso de Teatro da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) fez para a Bélgica, onde participou do 30º Encontro Internacional de Teatro Universitário (Ritu 30), em Liège.

Segundo Nyka, o contato com Tonezzi, que está em Campinas (SP) desde o acidente que sofreu no ano passado, está sendo feito através de gravações em vídeo feitas pelos atores, que estão colaborando na direção de um espetáculo em constante mutação.

"Trabalhamos bastante nas cenas e estamos experimentando coisas novas", conta Nyka. "A gente acredita na arte como processo de construção e estamos muito felizes por participar pela primeira vez de um festival como o de Areia".

A partir das 17h, grupos de cultura popular fazem apresentações de coco de roda e xaxado, respectivamente, no Polo Chão de Mestras, na Praça 3 de Maio, e no Espaço do Artesão.

Donzela Guerreira, espetáculo da Cia. Mundu Rodá, de São Paulo, que estava marcado para as 19h, no Teatro Minerva, foi cancelado pela organização do evento. A outra opção teatral é a Senzala Urbana, performance da Ensaio Cia. de Dança que o diretor e coreógrafo Marcos Brandão introduz no circo, depois da passagem dos Bufos de Olavo.

"Meu trabalho tem uma preocupação social, e não apenas cultural", declara Brandão, cuja criação peregrina das senzalas para os bunkers do Holocausto a partir de movimentos regidos pela técnica do contato e improvisação e pela Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Encerrando a noite, às 21h, o tradicional Teatro Minerva exibe o longa-metragem pernambucano Eles Voltam (Brasil, 2013), dirigido pelo cineasta brasiliense Marcelo Lordello.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE HOJE:

9h - Exposições de artes visuais
14h30 - Grupo Pirralhim
15h - Lançamento de livros
16h - "Clown Bar"
17h - Grupo de Tradições Folclóricas Moenda
17h30 - Grupo de Xaxado da Funad
19h - "Donzela Guerreira"
20h - "Senzala Urbana"
21h - "Eles Voltam"
Todas as apresentações são gratuitas / Fonte: Secult