CULTURA
A seca do 'Tempo de Ira'
Premiado em diversos festivais pelo Brasil, curta 'Tempo de Ira' abre trtilogia de dramas familiares produzidos por Marcélia Cartaxo.
Publicado em 11/01/2012 às 6:30
Vinte anos depois da tragédia que transtornou a família Candóia, resta à única filha mulher, Cícera (Marcélia Cartaxo), cuidar da mãe doente (Antonieta Noronha).
Na árida vila de Parambu, ela vive o conflito entre tratar das poucas cabras magras e zelar pela matriarca, o único laço que tem com o local, ou fugir com o namorado Quinzinho (Nanego Lira) no último pau-de-arara.
Abrindo a 'trilogia da tragédia familiar', o curta-metragem Tempo de Ira ganhou uma série de prêmios pelos festivais brasileiros como o Melhor Filme e Melhor Roteiro (assinado por Marcelo Gomes) no 7º Festival de Cinema, Vídeo e Dcine de Curitiba, além de Melhor Direção no 26º Festival Guarnicê de Cinema, em São Luís do Maranhão, entre outros.
Filmado em 35mm no ano de 2003 e baseado no conto Cícera Candóia, de Ronaldo Correia de Brito, a produção relata a realidade de origens sertanejas e mostra uma 'radiografia' do povo nordestino frente à dureza do Sertão no auge da seca dos anos 1970, época em que grandes levas de emigrantes deixaram suas moradias e familiares para tentar a sorte nas metrópoles.
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