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CULTURA

A seleção da Energisa

Exposição coletiva na Usina Cultural Energisa reúne trabalhos de artistas que já participaram do projeto 'Arte na Empresa'.

Publicado em 16/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 16:56

É o próprio curador Dyógenes Chaves quem faz a comparação: escolher os nomes que iriam participar da Coletiva 1, exposição que começa amanhã, em João Pessoa, foi como montar uma seleção para competir em uma Copa do Mundo. "É um reconhecimento da visibilidade e da importância do artista que expôs até aqui", declara. "Esta exposição vai entrar no currículo dos artistas, que vão ter o que dizer quando, no futuro, perguntarem o que eles fizeram no início de carreira."

O 'time' escalado por Dyógenes é feito de jovens artistas que já participaram do projeto 'Arte na Empresa', da Usina Cultural Energisa. A partir de amanhã, às 20h, as obras de Cristina Carvalho, Cybele Dantas, Murilo Santos e Thiago Trapo ficam em exposição até o dia 24 de agosto na galeria principal da instituição.

"São quatro artistas jovens que foram lançados pelo projeto 'Arte na Empresa' e que evoluíram, expondo em outros lugares e conquistando prêmios", explica o curador. As semelhanças entre eles, porém, param por aí: os artistas não só têm origens diversas (apesar de serem paraibanos, Cristina é de João Pessoa; Cybele, de Cabedelo; Murilo, de Patos; e Thiago, de Campina Grande) como também trabalham com linguagens diversas.

"Não optamos pela analogia de linguagem, mas por mostrar exatamente as diferenças entre as obras que cada um produz. Se há alguma relação entre uma obra e outra ela é muito sutil", pondera Dyógenes. Para o curador, a busca do artista pela sua 'assinatura' é um traço não apenas desta geração da qual os quatro fazem parte, mas da própria arte contemporânea. "O artista contemporâneo busca uma assinatura, uma maior identificação entre a obra e o artista. Neste sentido, todos os quatro, apesar de jovens, já têm um caminho traçado, uma característica que os identifica uns dos outros."

QUESTÃO DE MERCADO

Pinturas (acrílica sobre tela, óleo sobre tela e técnica mista sobre tela) e desenhos (aquarela e técnica mista sobre papel) compõem a Coletiva 1. O número de obras de cada artista varia de acordo com o tamanho das peças e o espaço da galeria foi dividido de forma equânime.

Reunir os artistas em uma coletiva em vez de elaborar uma série de exposições individuais foi a maneira que a curadoria encontrou para driblar a baixa produção, algo que, segundo a curadoria, se dá em decorrência da ainda recente trajetória dos artistas e de uma contingência do mercado hoje em dia: "Há 500 anos, o artista produzia sob encomenda. Hoje não é mais assim. Produzir sem demanda é um investimento muito alto. Um artista jovem raramente tem, sozinho, 50 obras para disponibilizar para uma individual", aponta.

De acordo com o pesquisador, a ausência de museus de arte na cidade faz com que galerias como a da Usina Cultural Energisa assumam a responsabilidade de revelar os novos artistas e fomentar o mercado. "O objetivo maior deste projeto é dar visibilidade ao artista", diz ele. "A Energisa atua como uma vitrine, um espaço de exibição. Embora não seja o objetivo principal, já que a galeria não tem fins lucrativos, ela gera também um interesse no mercado."

Fica a torcida para que esta seleção, ao entrar no campo da arte, continue a jogar bonito.

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Jornal da Paraíba

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