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CULTURA

A tradução virou uma segunda alma

Professor e tradutor paraibano radicado no Rio de Janeiro, recebe medalha do governo russo por suas contribuições culturais ao país.

Publicado em 01/11/2012 às 6:00


O professor e tradutor Paulo Bezerra receberá no próximo domingo a Medalha Púchkin, o mais distinto mérito do governo russo na área cultural. Impossibilitado de viajar a Moscou por problemas de saúde, o paraibano radicado no Rio de Janeiro conversou com o JORNAL DA PARAÍBA sobre a notícia, divulgada nacionalmente anteontem.

"A medalha é sem dúvida muito importante, por me considerar detentor de uma contribuição cultural ao país por minhas traduções", comentou um dos mais respeitados tradutores de Dostóievski no Brasil, o único a merecer a honraria além do colega Boris Schnaiderman, que ganhou a medalha em 2007.

"Infelizmente, o convite para viajar à Rússia coincidiu com um momento em que minha pressão (arterial) está oscilando e estou fazendo uma bateria de exames", conta Bezerra, que está com 72 anos e afirma se sentir bem, apesar da recomendação médica de não viajar.

"O convite valeria o esforço da viagem, mas não valeria o risco que oferecia à minha saúde: teria que viajar 30 horas e chegar lá no sábado, quando a Rússia comemora os 95 anos da Revolução e seria impossível achar vagas nos hotéis".

DOSTÓIEVSKI INÉDITO
O tradutor avisou que está dando os últimos retoques na versão em português de dois contos de Dostóievski inéditos no Brasil, que a editora 34 prevê lançar ainda este mês, e pretende iniciar a tradução de O Adolescente (1875), obra que antecede Os Irmãos Karamazov (1881), lançada pela Editora 34 em 2008. O novo romance, segundo Paulo Bezerra, será publicado até o final de 2013.

Questionado sobre suas próprias veleidades literárias, Bezerra não desconversa: "Projetos há muitos, o que falta é tempo para conduzi-los. Uma ficção demanda uma armação de ideias, um componente importante que não deve ser esquecido".

A rotina de verter a prosa do Mestre de Petersburgo diretamente do russo têm absorvido as energias do pretenso ficcionista: "A tradução virou uma segunda alma para mim. E não tem como não se envolver quando o traduzido em questão é o mais importante autor da literatura universal".

A respeito de um possível retorno à Paraíba (ele não vem ao Estado desde 2009), Bezerra deseja visitar a família no próximo ano.

Imagem

Jornal da Paraíba

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