CULTURA
Amado em colóquio
Comemorando o centenário de Jorge Amado UEPB realiza durante esta semana o colóquio 'Jorge Internacionalmente Amado'.
Publicado em 06/11/2012 às 6:00
Comemorados no mês de agosto, os 100 anos do escritor baiano Jorge Amado (1912-2001) inspiraram o colóquio 'Jorge Internacionalmente Amado', realizado de hoje até a quinta-feira em Campina Grande.
Organizado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), a Associação Brasileira de Estudos Comparativos (Abraec) e o grupo de pesquisa 'Estudos Comparativos Interculturais' do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade (PPGLI) da UEPB, o colóquio será aberto nesta terça-feira, às 19h, no auditório III da Central de Aulas do Campus I (bairro de Bodocongó).
Na abertura, o professor Cid Seixas Fraga Filho, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) ministra a palestra 'Do modernismo paulista ao regionalismo do Nordeste'; já a professora Sudha Swarnakar, da UEPB, participa com a palestra 'Jorge Amado no contexto internacional'. A noite será encerrada com uma mostra de filmes e a exibição de uma entrevista inédita com o autor de Gabriela, Cravo e Canela (1958).
Segundo Swarnakar, mentora intelectual do evento, cerca de 140 pesquisadores, entre estudantes e professores, se inscreveram para o colóquio, que recebeu trabalhos inéditos em cinco áreas, relacionando a obra de Jorge Amado com o panorama internacional; a mídia; projetos políticos, literários e socioculturais; o sincretismo religioso e o mundo feminino.
"O centenário foi comemorado em Ilhéus (BA) e até em Lisboa (Portugal). Por que não comemorarmos também por aqui?", justifica Suhda Swarnakar, indiana que há 15 anos pesquisa a obra de Jorge Amado, a quem teve a oportunidade de entrevistar pessoalmente em 1997, depois que o escritor tinha passado por uma cirurgia no coração.
"Na entrevista, ele fala pouco, porque ainda estava cansado da cirurgia", lembra a professora, que exibe o vídeo hoje, pela primeira vez. "Em certos momentos, Zélia (Gattai) entra para explicar algumas coisas, pois foi ela quem sempre datilografou os manuscritos de Jorge Amado, que escrevia até três horas de madrugada. Ele não admitia palpites. Ninguém podia ver a gestação da obra. A obra passava para Zélia somente quando ele terminava".
De acordo com as informações de Swarnakar, que é PhD em Literatura Comparada e orienta os projetos selecionados pela PPGLI, atualmente, dois alunos da UEPB estão concluindo seus projetos de mestrado tendo Jorge Amado como tema.
Amanhã, a programação começa pela manhã, às 8h, no auditório II, com a mesa redonda 'Diversidade de olhar nas obras amadianas'. Participam da mesa, mediados por Anna Giovanna Rocha Bezerra, Lucira Freire, Ediliane Lopes Figueiredo, Marilene do Vale e Márcia Tavares. A programação estende-se durante todo o dia.
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