Ambientado na Guerra Fria, novo filme de Spielberg estreia em João Pessoa

A Segunda Guerra Mundial sempre fascinou o diretor norte-americano Steven Spielberg. Descendente de judeus, o cineasta juntava seus amigos quando garoto para filmar com explosões improvisadas o confronto na Normandia no Dia D, que décadas depois foi levado às telas em O Resgate do Soldado Ryan (1998), longa em que ele ganhou seu segundo Oscar de Melhor Diretor. Sua primeira estatueta dourada – e consagração definitiva – deu-se pela sua visão do Holocausto em A Lista de Schindler (1993).

Desta vez, o realizador volta às telonas para contar uma história real com base no pós-Guerra: Ponte de Espiões (Bridge of Spies, EUA, 2015) chega aos cinemas paraibanos nesta quinta-feira, estrelado por Tom Hanks na sua quarta colaboração com Spielberg depois de O Resgate do Soldado Ryan, Prenda-me Se For Capaz (2002) e O Terminal (2004).

O filme se passa no final dos anos 1950, auge na Guerra Fria entre Estados Unidos e a então União Soviética, quando a paranoia aterrorizou o mundo bipolarizada por essas duas nações na iminência de uma guerra nuclear.

É uma batalha “intimista” que não envolve tiros ou explosões, mas a guerra por informações. Hanks interpreta James Donovan, um advogado de seguros que há anos não atua na área criminal, mas vê-se obrigado a defender um suposto espião soviético, detido em solo estadunidense.

Como toda uma sociedade atordoada pela neurose nuclear pode enxergar o homem (e sua família) que está tentando libertar um traidor?

A situação piora quando os soviéticos capturam um piloto espião norte-americano que estava sobrevoando a área inimiga para tirar fotos. Por saber várias informações confidenciais, os Estados Unidos acionam o advogado no embate político para a troca de prisioneiros, cuja negociação acontece na Berlim Oriental.

Acuado entre os muros físicos e ideológicos, ele conta com hostilidades conspiratórias dos que não querem essa troca.