CULTURA
Amor é cego e 'indie'
Do diretor Daniel Ribeiro, de 'Eu Não Quero Voltar Sozinho', longa-metragem 'Hoje Eu Quero Voltar Sozinho' será exibido no Cineport.
Publicado em 12/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 19/01/2024 às 15:13
Foram mais de três milhões de visualizações na internet. Devido ao sucesso do curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, o diretor Daniel Ribeiro fez o longa-metragem Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, filme que será exibido hoje, às 19h, no Cinport, na Usina Cultural Energisa, em João Pessoa.
“O longa tem a mesma base, mas é diferente”, conta o diretor em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA. “Tentei também manter alguns elementos do curta”.
O filme mostra um adolescente cego (Ghilherme Lobo), que busca a independência e descobre mais sobre sua sexualidade ao se apaixonar por um colega de classe (Fabio Audi) que chega do interior.
Ribeiro conta que, durante a pesquisa para o roteiro, ficou evidente que o universo dos deficientes visuais é praticamente o mesmo dos que enxergam. “A sexualidade do homem sempre vem acompanhada da repressão”, analisa. “Com um personagem cego, acrescentei outro elemento para o debate”.
No Festival de Cinema de Berlim deste ano, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho foi o Melhor Filme da Sessão Panorama pela Associação de Críticos Internacional (Fipresci) e vencedor do Troféu Teddy (prêmio que reconhece produções com temática gay).
Durante o festival, antes das premiações, o realizador paulista disse que o longa já tinha sido vendido para ser destribuído em 19 países. “Tanto a temática quanto tecnicamente, o filme é universal”.
BATMAN PARAIBANO
Dentre as principais atrações deste sábado no Cineport, às 16h, na Sala Vladimir Carvalho, será exibido o Melhor Documentário do evento, E Agora? Lembra-Me, de Joaquim Pinto, que é centrado no próprio realizador, que é soropositivo há 20 anos.
No mesmo local, às 19h, será exibido o longa Tabu, que ganhou o Andorinha de Melhor Edição e Diretor (para Miguel Gomes). A produção portuguesa fala sobre uma história de um amor adúltero onde o cenário é o início do fim do império de Portugal no continente africano.
Às 20h45, na Tenda Andorinha, estreiam dois filmes paraibanos: Bodas de Aruanda, de Chico Sales, sobre a construção da religiosidade afro-brasileira no Estado, e Bat-Guano, de Tavinho Teixeira, uma paródia do Batman.
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