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CULTURA

Ângela Maria: com toda majestade

Aos 85 anos e ativa nos palcos, cantora Ângela Maria vê seus antigos programas de rádio resgatados em uma caixa com quatro CDs.

Publicado em 30/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 04/03/2024 às 16:07

“Já disse alguém: a poesia é mais poesia na voz de Ângela Maria. A música popular tem mais encanto quando Ângela Maria é quem interpreta essas músicas. E quando um samba-canção, gênero de belezas inesgotáveis do cancioneiro popular do Brasil, é interpretado por Ângela Maria, ela lhe dá mais impulso à beleza e nos transmite mais fortes emoções e encantamentos”.

Os argumentos do narrador Oswaldo Moreira parecem não ter fim ao anunciar os números que se sucediam no programa ‘Ângela Maria Canta’, levado ao ar nas tardes de sábado entre 1955 e 1956 pela Rádio Nacional, coroando a cantora carioca que, no biênio 1954-1955, reinara soberana como Rainha do Rádio, título que lhe foi dado com o recorde de 1,5 milhão de votos.

Aos 85 anos de idade e completamente ativa nos palcos, Ângela Maria vê seus antigos programas de rádio resgatados em uma caixa com quatro CDs que, com sua voz cristalina, ressurge interpretando deliciosas toadas e sambas-canções no calor da apresentação ao vivo. Lançada com zelo pelo Discobertas, Rainha do Rádio: Gravações Históricas (1955-1956) chega às lojas ao preço médio de R$ 100,00.

Com toda a majestade que lhe era de direito, Sapoti, então com 25 anos (o apelido foi dado à cantora pelo presidente Getúlio Vargas), subia ao palco da Rádio Nacional, no Rio, para desfilar os tesouros do cancioneiro popular, com direito a orquestra completa regida pelo maestro Chiquinho e uma platéia de fãs que não se cansava de aplaudir cada número.

Sob a produção do radialista pernambucano Nestor de Holanda, os números eram precedidos pelas locuções do citado Oswaldo Moreira e de Lúcia Helena, além da narração de Hamilton Frazão, todo mundo devidamente creditado nos encartes dos inéditos CDs.

Os programas ressurgem na integra, com direito até aos reclames (anúncios comerciais da época). O primeiro disco compreende quatro programas levados ao ar no segundo semestre de 1955. É nesse disco que está o grande sucesso da cantora de então, ‘Recusa’, de Herivelto Martins, mais uns números natalinos (‘Presente de Natal’, ‘Papai Noel esqueceu’ etc.), já que abrange o programa levado ao ar às vésperas do Natal daquele ano.

O segundo CD abre com o programa de 31 de dezembro de 1955 e prossegue com dois programas de janeiro, um de fevereiro, um de março e um de junho de 1956. O terceiro é focado nos meses de junho a agosto daquele ano e o quarto traz performances de setembro a novembro, incluindo canções como ‘Maria do Cais’, que ela só viria gravar, na vera, em 1958.

Cada disco tem entre 12 e 15 faixas, que contemplam desde canções de Lupicínio Rodrigues (‘Vingança’), Ivon Cury (‘Escuta’) e Ary Barroso (‘Terra seca’) à jovem bossa nova, com músicas de Tom Jobim (‘A chuva caiu’, parceria com Luiz Bonfá, e ‘Não devo sonhar’), todas interpretadas por uma grande cantora no auge de seu alcance vocal.

Com qualidade impecável, as gravações são limpas e nítidas, totalizando 54 faixas. Poucas vezes a expressão ‘baú do tesouro’ fez tanto sentido em uma caixa de CDs.

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Jornal da Paraíba

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