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CULTURA

Aos 95 anos, Eva Todor sonha em voltar a atuar em telenovelas

Ela foi diagnosticada com mal de parkinson há alguns anos e, desde 'Salve Jorge', está afastada da TV.

Publicado em 13/03/2016 às 10:00

Aos 95 anos, Eva Todor tem passado seus dias reclusa em sua casa, na Zona Sul do Rio. A atriz que tem no currículo 21 novelas 10 minisséries e 4 filmes, foi diagnosticada com mal de parkinson há alguns anos e, desde ‘Salve Jorge’ está afastada da TV.

Viúva e sem filhos, a atriz mora com a empregada Maria e com o seu motorista há 25 anos, Marcos Otaviano, e depende atualmente dos cuidados de três enfermeiras. Em entrevista, uma das enfermeiras que cuida da atriz, Daiane Azevedo, contou que Eva é muito vaidosa. “Ela está sempre maquiada, bem arrumada e sorrindo. Há um tempo atrás ela estava muito fraquinha, nos deu um susto, mas agora está bem melhor”, conta.

Mesmo debilitada e com dificuldade na fala, Eva falou sobre a vontade de viver e atuar novamente. “Eu quero uma festa de cem anos e, se possível, voltar a trabalhar. Hoje em dia tenho que ficar em casa por conta dessa doença, mas quero trabalhar”, contou.

Atualmente, a atriz pode ser vista na reprise de ‘Caminho das Índias’, onde interpretou a personagem dona Cidinha. “Ela pede pra gente ligar para os diretores das novelas porque ela quer voltar para a TV”, revelou a enfermeira.

CARREIRA

Eva Todor nasceu em Budapeste (Hungria) e começou nos palcos ainda criança, como bailarina da Ópera Real de Budapeste. Por conta das dificuldades financeiras que a Europa enfrentava no período pós-Primeira Guerra, a família da atriz abandonou sua terra natal e se mudou para o Brasil, em 1929. Quando chegou no Brasil, voltou a estudar dança clássica e entrou na companhia de Maria Olenewa, no Theatro Municipal. Foi nesse período que adotou o sobrenome artístico de “Todor” no lugar de Fodor, nome da família.

Com oito anos já participava de grupos de teatro amador e com 12 fez o papel de um travesti na Primeira Companhia Nacional de Comédias do Rio de Janeiro onde conheceu seu primeiro marido Luis Iglesias. Juntos, em 1940, eles fundaram a Companhia de Comédia Eva Todor. Iglesias escrevia e adaptava as peças. Ficou viúva e casou-se com o empresário teatral Paulo Nolding, com quem viveu até sua morte em 1989.

CURRÍCULO LONGO

No teatro, Eva Todor destacou-se em diversas peças como “A Senhora na Boca do Lixo” e “Em Família”. No cinema, seu último papel foi o de uma “vovó do pó” no filme “Meu Nome não é Johnny”(2008), e destacou-se também no filme “Os Dois Ladrões”(1960), dirigido por Carlos Manga, com Oscarito. Na TV Tupi, na década de 1960, estrelou durante três anos o seriado “Aventuras de Eva”. Já na Globo, atuou em várias novelas, entre elas “Locomotivas”(1977) e “América”(2005); e em minisséries como “Hilda Furacão” (1998), “JK”(2006) e “Amazônia - de Galvez a Chico Mendes”(2007).

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Jornal da Paraíba

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