CULTURA
Arno Wehling volta à PB
Pesquisador, historiador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro participa de evento em Campina Grande.
Publicado em 08/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 12:12
O pesquisador, historiador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), Arno Wehling, volta à Paraíba para participar de uma conferência promovida pelo Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG).
O evento abordará as dificuldades e possibilidades de atuação da instituição, bem como as formas de preservação do acervo. A ação é direcionada para historiadores, pesquisadores, memorialistas e estudantes, e acontece gratuitamente no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep).
Além de presidir o IHGB, Arno Wehling é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e possui mais de 120 publicações (livros e artigos de periódicos) na área de história.
Manuscritos, imagens, fotografias e arquivos são responsáveis por registrar a história do Brasil, mas também manter a memória local e regional.
A organização destes materiais é realizada pelo IHGB, que foi fundado no século 19 com a finalidade de preservar, conservar e restaurar todos os tipos de artigos que retratem momentos importantes da nação.
Além disso, em quase todos os estados brasileiros e alguns municípios, dentre eles João Pessoa e Campina Grande, é possível encontrar uma sede do Instituto Histórico. O objetivo é regionalizar a documentação e facilitar o acesso da população aos materiais.
Com foco na restauração, conservação e preservação, o instituto tem um acervo com mais de 500 mil títulos e um museu com aproximadamente 5 mil peças.
“O patrimônio possui manuscritos, fotografias, acervo bibliográfico, iconográficos, cartões postais, esculturas e uma variedade de obras que fazem parte da nossa história nacional”, ressalta o presidente.
Wehling revela que documentos importantes e marcos históricos do desenvolvimento do País também estão sob os cuidados do IHGB.
“A instituição possui o original do Hino da Independência do Brasil, o sabre utilizado na Guerra do Paraguai, além do crânio do homem da Lagoa Santa”, afirma.
O instituto também possui uma parte acadêmica que reúne pesquisadores da área e professores, que contribuem com a preservação e documentação dos arquivos.
Essas pesquisas possibilitam a descoberta de características e elementos que revelem a identidade nacional, estadual e municipal.
“É importante que cada estado e os municípios possuam um Instituto Histórico, para facilitar a organização da memória local”, destaca Wehling.
No entanto, o pesquisador também revela que mesmo com uma necessidade de preservação histórica, o processo de restauração é uma das maiores dificuldades.
“Os reparos nas obras consistem em uma longa etapa de cuidados e manutenção, além de ter custos altos, o que faz os arquivos receberem uma ordem de prioridade e demorem mais do que o esperado para integrarem o acervo”, enfatiza.
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