Arraiá de Cumpade: Sirano & Sirino e tradição do artesanato têm lugar garantido

A fazenda Olho D’Água, no distrito de Galante, em Campina Grande, segue esta semana no clima de São João com o Arraiá de Cumpade. Muito além de um espaço de resistência do forró tradicional, a festa busca manter vivas tradições peculiares da cultura nordestina. No sábado (16) o arraiá vai ser embalado por Sirano & Sirino.

No Arraiá de Cumpade, a maratona de forró tem início às 11h e se estende até as 17h. Dando o ritmo, lá no palco, o Cumpade João recebe, a cada dia, três trios pé de serra, além de convidados especiais, referências na música nordestina. No dia 17, Santanna se apresenta no Arraiá; no dia 23, Ton Oliveira; e Alceu Valença, no dia 30.

As vendas de ingressos já entraram no segundo lote. Para cada dia do Arraiá, o passaporte individual está custando R$125. Além do acesso aos shows, ele inclui open bar (cerveja, cachaça, caipirinha, refrigerante, suco, água e café), apresentações culturais e visitação à Divina Vila.

Em Campina Grande, os ingressos podem ser adquiridos na Sercosi Seguros, localizada na Rua Sebastião Donato, 57, no Centro. Em João Pessoa, as vendas acontecem na Mais Brasil Turismo, que fica na Avenida Epitácio Pessoa, 3280, Tambauzinho. A compra também pode ser feita pela internet, no site Arraiá de Cumpade.

Artesanato

Não por acaso, entre tantos cantinhos encantadores montados no evento, um é voltado especificamente para o artesanato local. Trata-se da Casa do Seleiro, comandada pelo artesão Roosevelt Fernandes da Silva. Por lá, os visitantes podem adquirir peças exclusivas, como chapéu, gibão e sandálias, tudo em couro.

Mas não é de agora que Roosevelt começou a pensar no evento. Há seis meses, ele trabalha focado na confecção do figurino do Cumpade. Apesar da larga experiência como artesão, ele contou que conceber o que o personagem principal da festa vai vestir não é uma tarefa tão simples. “Para cortar e costurar tudo, leva apenas um mês e meio. Porém, elaborar a identidade do figurino é o que demanda mais tempo”, explicou.

Na verdade, o período junino consome o tempo de Roosevelt o ano inteiro. Como se trata de um trabalho manual, as peças que ele leva para o Arraiá de Cumpade são produzidas continuamente. “Vou fazendo e guardando, para assegurar que, quando chegar em junho, terei um estoque seguro para dar conta da demanda”, contou. Na Casa do Seleiro, os trabalhos mais elaborados e exclusivos são criações dele. Porém, o artesão também expõe algumas produções de colegas e parceiros, como carteiras e sandálias em couro.