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CULTURA

Artista plástico paraibano reconhecido na Espanha

Otto Cavalcantti vai trabalhar numa escultura que será o troféu do Primeiro Festival Internacional de Cinema de Barcelona.

Publicado em 09/10/2011 às 6:30

A inspiração do artista plástico e designer gráfico Otto Cavalcantti é o mundo. Paraibano de Itabaiana, filho de um tabelião dono de cartório, brincava na praça da cidade com o ‘mestre Sivuca’. Ele fez carreira no Rio de Janeiro, onde começou como grafista e ilustrador publicitário em revistas, ao 22 anos.

Foi onde teve contato com desenhistas de vários países, principalmente espanhóis. Impulsionado por isso, saltou do Brasil para Europa, com passagens em Londres, Madri e Paris.

A primeira experiência no antigo continente lhe rendeu obras abstratas e geométricas, influenciadas por um ambiente frio de clima e humanidade, pela tecnologia e máquinas.

Voltou à terra natal para temporada de 12 anos, até se estabelecer, definitivamente, em Barcelona, Espanha, onde é conhecido como ‘grande maestro brasileño’. Vive lá até hoje. O título aliás, nem é visto com vaidade por Otto: “Me orgulho de ser embaixador de um país que amo”, declarou à reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, por e-mail.

O período no Brasil significou um salto na sua arte. O mar, a comida, as músicas tornaram seus traços mais experimentais. “Fui alimentado com as frutas daqui, água de coco, rapadura, cuscuz, macaxeira, sentindo uma luz do sol brasileiro sempre. Nos meus quadros sempre há alguma coisa deste Brasil, que levo quando viajo”, disse.

Hoje, as recordações da infância nordestina e as experiências vividas pelo planeta se misturam para dar forma e significado às telas. Cavalcantti está mais colorido, mais atrevido. Transformou-se em catalão e brasileiro, descobriu em Barcelona uma ponte com o Brasil. E não separa um do outro.

Entre junho e agosto, sua obra esteve exposta em Fortaleza (CE), na mostra individual 'Otto Cavalcantti – Do Brasil à Catalunha', com 40 peças em cartaz no Centro Cultural Oboé e, com 62 no Espaço Cultural Unifor. Os trabalhos representam fases diferentes, já que existem peças de 1952 e outras de 2011, e mostram ténicas que variam entre óleo sobre tela, óleo sobre madeira, acrílico sobre madeira, desenhos e aquarelas sobre papel. A seleção foi do curador, Heriberto Rebouças, amigo pessoal do artista e de sua mulher, e conhece bem a trajetória artística do paraibano.

Agora, Otto Cavalcantti vai trabalhar numa escultura que será o troféu do Primeiro Festival Internacional de Cinema de Barcelona Luis Nunes, recém- criado. E mal sabem os espanhóis que o troféu vai ter um pitada de cuscuz e rapadura. (com Audaci Júnior)

Imagem

Jornal da Paraíba

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