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CULTURA

As cortinas da 'sci-fi' reabertas

Editora Globo lança 15 títulos de Aldous Huxley; entre as publicações estão 'Admirável Mundo Novo' e 'Contraponto'.

Publicado em 25/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/07/2023 às 12:38

“Penso que há inúmeros dispositivos tecnológicos onde qualquer um que deseje usá-los poderá acelerar o processo de restringir a liberdade, impondo controle”, explicava o escritor britânico Aldous Huxley (1894-1963) no programa estadunidense The Mike Wallace Interview, em 1958.

Quase 30 anos antes dessa entrevista, Huxley lançou uma das maiores referências da ficção científica, Admirável Mundo Novo, romance que retratava um futuro distópico que até hoje é lembrado junto com 1984, obra do compatriota George Orwell (1903-1950) lançada em 1948.

A Editora Globo, através do selo Biblioteca Azul, está começando a relançar no Brasil 15 títulos de Aldous Huxley a partir deste mês: além do Admirável Mundo Novo, Contraponto e Contos Escolhidos são os primeiros a sair da fornada do projeto.

“Esses dois livros, Admirável Mundo Novo e 1984, são sempre citados pela crítica para dar credibilidade à ficção científica”, aponta o jornalista e colunista do JORNAL DA PARAÍBA Braulio Tavares, uma das sumidades do assunto no país, explicando que muitos preconceituosos levantam a bandeira que o gênero não pertence à literatura.

“No caso, são romances como qualquer outro, escritos por dois consagrados autores ingleses e usando a temática da ficção científica no tempo que ela era conhecida através do pulp fiction (livros de bolso populares nos anos 1930 e impressos em papel barato)”.

Na sociedade de Admirável mundo Novo, os cidadãos são pré-condicionados biologicamente, desprovidos de valores como a família e a religião, manipulados através de uma droga chamada ‘soma’.

Ao invés de “controlar a população usando força bruta para domesticá-la”, o futuro idealizado por Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo elege ser “mais prático manter a população feliz do que aterrorizá-la”, afirma Braulio Tavares.

“Nesse aspecto, ele foi muito mais profético do que Orwell”, certifica.

Adepto do uso de substâncias como a mescalina e o LSD para abrir ‘as portas da percepção’ (nome de uma outra obra de 1954 bastante conhecida do autor), o escritor britânico exerceu influência sobre a cultura hippie e pop. Seu rosto figura entre as personalidades no famoso disco lisérgico dos Beatles, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967).

Sem um grau de inventividade verbal de Burgess, autor de Laranja Mecânica, “Huxley era um romancista clássico em todos os sentidos, que foi rompido quando fez O Macaco e a Essência (lançado em 1948)”.

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Jornal da Paraíba

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