CULTURA
Aventuras no mundo das HQs
Antes do Cinema e desenho animado, exibido pela TV Cultura, vieram os quadrinhos que traziam 'as aventuras de Tintin' e foram relançados.
Publicado em 20/01/2012 às 6:30
No dia 10 de janeiro de 1929 chegava às bancas belgas encartado no jornal Le Vingtième Siècle mais uma edição do suplemento infantil Le Petit Vingtième. Desta vez com uma HQ intitulada As Aventuras de Tintim (Les Aventures de Tintin), de autoria do jovem editor-chefe de 21 anos, Georges Prosper Remi, que já assinava há alguns anos como Hergé (‘RG’, as iniciais de seu nome).
Quando terminava um arco de histórias, logo se republicava em forma de álbum. Foram 24 edições no total – sendo uma inacabada – que foram traduzidas para mais de 50 línguas e tendo mais de 200 milhões de cópias vendidas.
Apesar de Hergé sempre apresentar preocupação com a pesquisa de referências históricas e culturais, os enredos de Tintim gerariam polêmicas até hoje, com as acusações do autor ser simpático ao nazismo, por ter uma visão estereotipada de civilizações colonizadas e até de misoginia por praticamente não aparecer personagens femininas na série.
No Brasil, as HQs foram publicadas incompletas pela editora Flamboyant na década de 1960 e pela Record, no início dos anos 1970. A Cia. das Letras republicou todos os álbuns franco-belgas entre 2004 e 2009, incluindo quatro obras inéditas por aqui, entre elas o inacabado Tintim e Alfa-Arte, que apresenta a reprodução dos croquis de Hergé para o que seria a trama central da última aventura de seu maior personagem.
Aproveitando a estreia do longa-metragem, a editora copilou os álbuns que serviram de inspiração, O Segredo do Licorne & O Tesouro de Rackham, o Terrível (128 páginas, R$ 43,00), em uma edição especial de luxo e em capa dura.
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