‘BBB 12’ tem semana agitada

O recente escândalo envolvendo o suposto abuso sexual cometido por Daniel no ‘Big Brother Brasil 12’ (Globo) acabou levantando a discussão sobre outro abuso bem frequente na casa: o de bebidas alcoólicas. Totalmente bêbada, Monique teria apagado e não lembraria o que, de fato, aconteceu enquanto estava na cama com o modelo.

O fato é que não é de hoje que os “brothers” perdem a consciência por beber demais.

Segundo Michelly de Freitas, participante do “BBB 11”, não é só o volume de álcool que vem aumentando. “A minha edição foi a primeira que teve vodca. Acho que a variedade é uma das razões que fazem com que a gente beba ainda mais”, diz a ex-BBB, que entrou em coma alcoólico numa festa.

Participante do “BBB 5’”, o médico Rogério diz que bebia só para relaxar. “Não bebia muito, porque sabia que atrapalharia meu jogo”.

Mas os concorrentes atuais não veem consequências. Na manhã de quarta, Renata já planejava a balada da noite: “Hoje vou beber até cair”.

Confinamento, tensão e tédio não são desculpas para encher a cara. Essa é a conclusão dos especialistas sobre o comportamento dos “brothers” dentro da casa.

“As pessoas precisam se responsabilizar pelos seus atos. Existem outras formas de aliviar a pressão lá dentro”, diz a psicanalista e professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica), Junia Vilhena.

Carlos Salgado, psiquiatra e conselheiro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas, concorda, em parte, com Junia. “Não dá para dizer que a falta do que fazer em um local fechado é motivo para beber. Muitos ali não bebem. Mas, para uma determinada pessoa, isso pode fazer sentido, já que a função social do álcool é, de fato, a desinibição”.