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CULTURA

Biografia marca ano do centenário do compositor Rosil Cavalcanti

Livro com a trajetória do compositor será lançado na próxima quinta-feira (1º) em Campina Grande.

Publicado em 27/09/2015 às 6:00

Se fosse canonizado pelos dogmas do forró, Rosil Cavalcanti (1915-1968) ocuparia seu lugar na santíssima trindade ao lado dos compositores Humberto Teixeira (1915-1979) e Zé Dantas (1921-1962).

No dia 20 de dezembro, ele será relembrado em virtude do centenário de seu nascimento e um dos pontos altos das comemorações é o lançamento da biografia Pra Dançar e Xaxar na Paraíba – Andanças de Rosil Cavalcanti (independente, 450 páginas), escrito pelos conterrâneos Rômulo C. Nóbrega (da Paraíba) e José Batista Alves (de Pernambuco), na próxima quinta-feira, às 20h, no Sesi - Catolé, em Campina Grande.

Parceiro de letra de 'realezas' do ritmo e do baião, como Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, o pernambucano que viveu o maior tempo de sua vida em Campina Grande é famoso por clássicos do gênero, a exemplo de 'Sebastiana', 'Cabo Tenório', 'Coco do Norte', 'Forró de Zé Lagoa', 'Na base da chinela' e 'Tropeiros da Borborema', este último considerado um 'hino' à Rainha da Borborema.

“Ele sempre dizia: Sou pernambucano de Campina Grande”, conta Rômulo Nóbrega. Foi em 1936, servindo ao Exército aos 21 anos, em João Pessoa, que Rosil Cavalcanti chegou à Paraíba. Natural de Macaparana (PE), foi nos anos 1960 que ele recebeu o título de cidadão campinense, de acordo com o biógrafo.

Para o livro, foram duas décadas de pesquisa e entrevistas, mas não em tempo integral, pois “poderia fazer umas dez enciclopédias nesse tempo”, afirma o coautor.

O calhamaço contém aproximadamente 250 fotografias e documentos, como telegramas do presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), além das cartas para a então noiva, Dona Nevinha, nos anos 1940, quando ele estava em João Pessoa e ela, em Campina.

Entre arquivos públicos e particulares, o projeto demandou quase 100 entrevistados, dentre eles nomes como o radialista Deodato Borges (1934-2014) e o mineiro Leo Belico, cantor que fez sucesso na Argentina cantando 'Sebastiana'.

De acordo com Nóbrega, além das 82 músicas que catalogou de Rosil, com ou sem parceiros, ainda há outras que permanecem inéditas. Atualmente, tal acervo se encontra com a sobrinha de Dona Nevinha, Ana Coura.

“Rosil já fez xote, baião, samba, frevo e até rancheira, como 'Dolores', para (o gaúcho) Teixeirinha (1927-1985)”, revela. “Ele e Zé Dantas eram considerados 'pé quente' no Rio de Janeiro. Quando Zé Gonzaga (irmão do 'Rei do baião') pediu uma música, ele deu 'Faz força Zé'. Ele não gostou e Rosil passou para Luiz Gonzaga: a música estourou”.

O caçador e o capitão de Zé Lagoa

"Rosil Cavalcanti sempre gostou de pescar e caçar", relembra o biógrafo Rômulo C. Nóbrega, cujo um 'quase' encontro com o compositor aconteceu quando ele tinha 11 anos e foi expulso junto com o vizinho por serem novos demais. "Ele não podia ver um microfone", explica o escritor. O pernambucano teve programas radiofônicos noticiosos e, em 1956, lançou 'Forró de Zé Lagoa', onde o lema era "Divertimento, animação e música". Fantasiado de capitão de Zé Lagoa, ele abria o microfone para repentistas, cordelistas e nomes consagrados, como Gonzagão, além de concursos de sanfoneiros.

A dupla de caipiras 'Café com Leite'

Nos anos 1940, em Campina Grande, antes de Rosil fazer par com Jackson do Pandeiro, personificando uma dupla de caipiras chamada 'Café com Leite', quem assumia o personagem era Zé Lacerda, irmão do cantor e compositor Genival Lacerda. Quando se mudou para João Pessoa, o 'Rei do ritmo' chamou o futuro parceiro de composições. "Possivelmente, quando Jackson o convidou para fazer os matutos do Café com Leite, foi a primeira vez que eles se encontraram", analisa Rômulo.

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Jornal da Paraíba

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