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CULTURA

Biscoito Fino reedita CD de Edu Lobo lançado em 95

'Meia-Noite' tem 11 canções remasterizadas e em uma nova ordem.

Publicado em 24/12/2011 às 7:00


Belíssimo disco do carioca Edu Lobo, lançado em 1995 pela extinta Velas, Meia-Noite está de volta ao mercado, desta vez em uma reedição caprichada da Biscoito Fino (R$ 35,00 em média). A capa está diferente (embora tenha sido utilizada uma foto de Frederico Mendes da mesma sessão da capa original, agora presente internamente, no encarte), mas as 11 canções estão lá, remasterizadas e em uma nova ordem, acomodadas na edição digipack de praxe da Biscoito.

As 11 canções do repertório – seis delas, parcerias de Edu com Chico Buarque e outras duas, dele com Vinícius de Moraes – ganham, aqui, o caimento de belas e sóbrias cordas, orquestradas e conduzidas pelo maestro Cristóvão Bastos, dando classe e estilo ao que já era, por natureza, pérolas reluzentes do cancioneiro brasileiro.

Milimetricamente bem orquestrado, Meia-Noite traz esse repertório nobre. Estão lá ‘O Circo Místico’, ‘Na ilha de Lia, no barco de Rosa’, ‘Sobre todas as coisas’, ‘Meia-noite’, e ainda ‘Choro Bandido’ (com participação vocal de Dori Caymmi) e ‘Beatriz’ (em dueto com Milton Nascimento’), todas da lavra de Chico.

Completam o repertório as duas parcerias com Vinícius (‘Só me faz bem’ e ‘Canto triste’ – e Vinícius ainda comparece com ‘Estrada branca’, dele e Tom Jobim), uma parceria com Paulo César Pinheiro (‘Perambulando’) e uma ‘solo’: ‘Candeias’.

Não bastasse o repertório valioso, os belos arranjos de Bastos ganham vida por um time de notáveis: o violão de Marco Pereira; o piano do próprio Cristovão Bastos; os sopros de Carlos Malta; o baixo de Jorge Helder, a bateria de Téo Lima e a percussão do internacional Paulinho da Costa.

Dezesseis anos depois, essas canções continuam arejadas, sofisticas e repletas de um lirismo que as tornaram mais belas com o passar do tempo.

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Jornal da Paraíba

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