CULTURA
Boogarins volta a João Pessoa com um novo trabalho na bagagem
Grupo de Goiânia se apresenta neste domingo (6), a partir das 17h, no Vila do Porto, que fica localizado no Centro da capital.
Publicado em 06/03/2016 às 8:00
O Boogarins, banda formada em 2012 na cidade de Goiânia, Goiás, não inventou a roda, mas pôs para rodar ao contrário. Bebendo da psicodelia que pirou o rock nos anos 1960, majestosamente traduzido no Brasil através dos Mutantes, o grupo segue numa escalada de prestígio dentro e fora do Brasil.
Em menos de um ano, a banda que se destacou na primeira edição do Hacienda, realizada em abril do ano passado em João Pessoa, volta à capital paraibana para um show somente seu, neste domingo, na Vila do Porto. Coube à local banda-fôrra fazer as honras da casa, abrindo os trabalhos a partir das 17h. Os ingressos custam R$ 30.
O quarteto - Dinho Almeida (voz e guitarra), Benke Ferraz (guitarra solo), Raphael Vaz (baixo) e Ynaiã Benthroldo (bateria) - volta com um show novo, desta vez para o lançamento oficial do segundo álbum, Manual ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos.
Gravado em esquema muito mais profissional que o primeiro (As Plantas que Curam, de 2013), entre a Espanha e Goiânia (e masterizado nos Estados Unidos), o disco saiu no final de 2015 e recebeu elogios da crítica.
“No show que a gente fez aí, em abril, a gente tocou algumas músicas desse novo disco. No show de agora, o repertório é mais focado no Manual”, avisa Benke, por telefone.
Banda que se esforça para aprimorar o show com apresentações ao vivo, o guitarrista garante que o público vai encontrar uma banda mais madura no palco do Vila do Porto. “Quanto mais a gente toca, mais show a gente fica”, sintetiza Benke. O grupo é famoso pelas boas performances ao vivo, repletas de solos e efeitos de guitarra.
Tocando um tipo de música importada do rock americano e inglês - o grupo é frequentemente comparado ao grupo australiano Tame Impala, sensação indie do momento - os Boogarins fazem questão de manter os dois pés no Brasil - neste novo trabalho, eles têm até uma música chamada ‘Mário de Andrade’, o modernista poeta (e musicólogo) paulista.
A mistura, garante o guitarrista, é algo natural para uma turma que começou a ouvir música tendo o infinito catálogo da internet à disposição.
“Dia desses o (vocalista) Dinho chegou com ‘Avalanche’ pensando no Clube da Esquina. A música brasileira sempre fez sentido pra gente, mas quando a gente se juntava pra fazer os arranjos, partia mais para o Tame Impala. Só o fato de a gente conseguir escrever canções em português reafirma nossa brasilidade”.
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