Bôtto na APL

Eleito imortal no ano passado, Itapuan Bôtto Targino honra nesta sexta-feira uma tradição de educadores que ocuparam a cadeira 36 da Academia Paraibana de Letras (APL): o ex-secretário de Educação e Cultura assume hoje o assento que tem como patrono Manoel Tavares Cavalcanti (1880-1950) e teve como último representante o monsenhor Eurivaldo Caldas Tavares (1921-2013).

A cerimônia de posse será hoje, às 19h30, no Jardim dos Acadêmicos, na sede da instituição, em João Pessoa. Saudado pelo colega acadêmico Astênio Fernandes, Bôtto Targino apresenta uma versão resumida de seu discurso sobre o patrono da cadeira e faz um lançamento informal do livro Palavras, Apenas Palavras... (Ideia, 238 páginas), coletânea com textos a respeito de sua obra que é composta, ao todo, por 16 títulos entre volumes biográficos e trabalhos sobre filosofia e educação.

"Eu pretendo zelar pelo patrimônio dos acadêmicos, elevando o nome dos imortais que já se foram e dos que permanecem vivos", afirma Bôto Targino, citando uma das normas do estatuto da APL. "Pretendo também continuar publicando", complementa o escritor que atualmente se dedica a pesquisar a vida e a obra do sociólogo José Lopes de Andrade (1914-1980).

"Lopes de Andrade foi um homem notável para Campina Grande e merece uma obra sobre a sua trajetória", explica o imortal, que também pretende publicar em breve uma versão estendida do discurso sobre Manoel Tavares Cavalcanti (ex-senador, professor do Lyceu Paraibano e sócio-fundador do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba).

Nascido em João Pessoa em 1938, Itapuan Bôtto Targino formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1960. Foi diretor da Escola Técnica Federal da Paraíba (hoje Centro Federal de Educação Tecnológica, Cefet) e presidente da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc).