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CULTURA

Box é fase importante de Cauby Peixoto

Publicado em 22/04/2012 às 11:00

Coube a Rodrigo Faour, autor de Bastidores - Cauby Peixoto: 50 Anos da Voz e do Mito (Record, 2001), escrever os textos que acompanham o encarte de cada CD. São trechos biográficos e análises artísticas e que, juntos, formam um ótimo e valioso recorte dessa fase do cantor.

À reportagem, Faour louva Cauby como um dos poucos artistas “da antiga” a chegar aos 60 anos em plena forma. “Cauby acabou de gravar três CDs (A Voz do Violão, Caubeatles e Cauby ao Vivo com Seus Amigos, encaixotados no box O Mito, da Lua Music), canta toda semana, e eu nunca vi um show de Cauby vazio. Acho que Cauby é um dos únicos grandes artistas da Era do Rádio a chegar aos 60 anos de carreira e todo mundo lembra dele. Isso, em termos de Brasil, é muita coisa”.

No encarte do clássico disco de 1980, Faour revela que Cauby! Cauby! foi fruto de um desafio que fizeram a João Araújo, então diretor da poderosa Som Livre, para que Cauby voltasse a estourar. O resultado é um disco esplendido, de repertório irretocável e arranjos de gente como Ezequiel Neves, Tarso de Castro e até a coprodução de Guto Graça Melo (não creditada).

Nele está ‘Bastidores’, de Chico Buarque, que, como assinala Faour, se tornaria “a 'Conceição' da segunda fase da sua carreira”, aliada a canções de Paulo Vanzolini (‘Ronda’), Roberto e Erasmo (‘Brigas de amor’) e ainda Jorge Ben (‘Dona Culpa’, em dueto com o autor) e a gravação antológica de ‘Chão de estrelas’, com os vocais de Silvio Caldas e de um estreante Jessé, além da canção ‘Cauby! Cauby!’ que Caetano Veloso fez para ele. “A música que o Caetano deu para o Cauby é de uma sensibilidade de arrepiar a pele”, comenta Rodrigo Faour.

Do pacote, esse e Estrelas Solitárias são os discos favoritos do biógrafo de Cauby. “Esses discos trazem um repertório muito interessante. Além do mais, Cauby está no auge de sua beleza vocal. Cauby continua sendo Cauby, irreverente, exagerando um pouco, mas mais intérprete, dentro de um estilo mais coloquial, sem aquela ‘lagrima’ na voz”, descreve.

Estrelas Solitárias dá sequencia ao repertório nobre e o estilo coloquial que passaria a acompanhar a carreira do cantor até hoje. Nele estão ‘Tua presença’ (Maurício Duboc/Carlos Colla), a faixa-título de Gonzaguinha, ‘Luíza’ (Jobim) e ‘Gesto final’ (Johnny Alf). A nova edição ainda traz, como bônus, ‘Ria de mim’, de Guilherme Arantes.

A primeira caixa traz discos de valor histórico, mas mostra um Cauby sem rumo. Um Drink Com Cauby e Leny é o registro de um tremendo show de jazz, protagonizado por Cauby Peixoto e Leny Eversong (1920-1984) no final dos anos 1960. Sob o repertório que inclui standards como ‘Samba do avião’, ‘Canzon per te’ e ‘Malageña’, a dupla mostra um nível de fazer inveja, mas o registro é precário.

“Ele foi captado precariamente, mas pelo menos está em estéreo", admite Fróes. "O som foi remasterizado, mas mantém a mixagem original, feita ao vivo na boate Drink (de propriedade de Cauby). O som só poderia melhorar se o disco fosse remixado, e não apenas remasterizado”. “Curiosamente – prossegue -, vale a informação de que é um dos discos que Cauby mais ficou feliz de ver relançado. Ele realmente gosta do disco”.

No disco de raridades da caixa há vários compactos resgatados, inclusive ‘O caderninho’. “Eu sempre curti muito a gravação de ‘O Caderninho’, a mais antiga deste projeto, feita durante uma fase confusa em que Cauby aparentemente tangenciou a Jovem Guarda. É uma gravação raríssima, nunca reeditada e agora em estéreo pela primeira vez na história. Ela é o ponto de partida para esse documentário sobre o renascimento artístico de um grande cantor, que fecha o projeto na condição de mito”, comenta Fróes.

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Jornal da Paraíba

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