CULTURA
Box embala LPs de samba-jazz
Lançado pelo Discobertas, o box 50+5 do Bossa Brass recupera dez obscuros discos da primeira metade dos anos 1960.
Publicado em 20/10/2013 às 6:00
Bossa Brass, Os Saxsambistas Brasileiros, Ritmistas da Bossa Nova e Sambossa foram alguns dos conjuntos que surgiram no Brasil da bossa nova, mas a história acabou apagando-os da memória. Lançado pelo Discobertas, o box 50+5 recupera dez obscuros discos da primeira metade dos anos 1960, gravados por esses e outros conjuntos do chamado "sambalanço".
Predominantemente, os discos estão impregnados de samba-jazz que foram pouco notados na época, mas com o passar dos anos ganharam apreço (e valor) dos colecionadores e DJs gringos, caçadores de raridades.
O box traz cinco CDs, cada um com dois álbuns. O primeiro vem com Balanço e Bossa Nova (1963), dos Ritmistas da Bossa Nova, e Sambas em Duas Bossas (1964), d’Os Azes da Bossa; o segundo reúne Sambalanço (1963), da Orquestra Moderna de Samba, com Isto é Bossa Nova Mesmo (1963), do Conjunto Sambossa; o terceiro traz dois discos d’Os Saxsambistas Brasileiros: Saxsambando (1960) e Bossa Nova Espetacular! (1963); o quarto vem com O Balanço é a Bossa (1962) do Conjunto Masterplay, e Samba do Bom (1962), do conjunto Samba de Balanço, e o quinto com Bossa Brass Apresenta a Música Maravilhosa de Antônio Carlos Jobim (1966) junto a Samba pra Frente (1966), do Samba Trio.
Os discos saíram por selos pequenos, como Diamond, Plaza e Masterplay (exceção de Sambalanço e Isto é Bossa Nova, lançados pela RCA) e as reedições resgatam os encartes originais, alguns com mais informações sobre os músicos do que outros.
De qualquer forma, é uma beleza (re)descobrir a vibração d’Os Saxsambistas Brasileiros, grupo instrumental de sax liderado por Henrique Gandelman (pai de Léo Gandelman), ou entrar no swing do Bossa Brass fazendo releituras instrumentais para o repertório de Tom Jobim, ou ainda embarcar nas releituras instrumentais do Samba Trio.
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