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CULTURA

'Boyhood' é o grande 'rival' na queda de braço de Melhor Filme

Neste domingo, drama feito em 12 anos e crítica sobre a fama e sucesso são os favoritos para levar o Oscar.

Publicado em 22/02/2015 às 8:02 | Atualizado em 21/02/2024 às 15:53

Apesar da comédia O Grande Hotel Budapeste ter o mesmo número de indicações de Birdman ou (A Inesperada Virtude da ignorância), ambos selecionados em nove categorias, é o drama Boyhood: Da Infância à Juventude (com seis indicações) que desponta como 'rival' na queda de braço para o Oscar de Melhor Filme.

Sob o comando de Neil Patrick Harris (o Barney do seriado How I Met Your Mother), a cerimônia da 87ª edição acontecerá neste domingo, em Los Angeles (EUA), com transmissão ao vivo da Rede Globo e do canal fechado TNT, a partir das 21h.

Boyhood conta uma história do amadurecimento de um garoto simples com pais separados que tem uma peculiaridade: o diretor Richard Linklater filmou entre 2002 e 2013, acompanhando assim o crescimento real do jovem ator Ellar Coltrane.

Já Birdman, que vem ganhando força com prêmios dos sindicatos de Hollywood (como as associações dos produtores e dos atores), mostra um ator decadente e famoso por viver um super-herói na telona que decide produzir um espetáculo na Broadway.

Com habitual estética de Wes Anderson, O Grande Hotel Budapeste mostra as aventuras de um gerente de hotel e seu jovem empregado, no período entre duas guerras mundiais.

Também 'correndo por fora' na disputa estão dois filmes britânicos baseados na realidade: O Jogo da Imitação (com oito indicações) acompanha um dos 'pais' da informática na quebra do código nazista para vencer a Segunda Guerra e A Teoria de Tudo (cinco indicações), que mostra a vida do astrofísico Stephen Hawking.

O drama real Sniper Americano (com seis indicações), o 'indie' Whiplash (cinco indicações) e o azarão Selma (duas indicações) completam a lista dos melhores do ano.

Ex-super-herói contra o físico

Na disputa pela estatueta de Melhor Ator, o embate será pela 'volta por cima' de Michael Keaton e a transformação de Eddie Redmayne

Um faz um catártico ator que teve sucesso como super-herói no cinema e resolve ser 'levado à sério' quando estreia uma peça na Broadway; o outro se transforma na tela por causa de uma doença motora degenerativa.

Talvez a disputa mais acirrada do Oscar 2015 seja entre o veterano norte-americano Michael Keaton e o britânico Eddie Redmayne na categoria de Melhor Ator.

Apesar do talento visto em filmes como Muito Barulho por Nada (1993), Keaton é mais conhecido por vestir o manto do morcego na franquia gótica Batman do Tim Burton. Em Birdman, o diretor mexicano Alejandro González Iñarritu reabilita o ator, que garante sua primeira indicação.

Menos calejado da indústria, Eddie Redmayne também faz sua estreia na categoria pelo seu papel do físico teórico e cosmólogo britânico Stephen Hawking em A Teoria de Tudo, personagem famoso pela sua condição física e intelectual, premiado autor de Uma Breve História do Tempo.

Pelo Sindicato de Atores de Hollywood (SAG), Redmayne ganhou individualmente e Keaton recebeu o prêmio junto com o elenco. O Bafta deu o britânico e, por fim, o democrático Globo de Ouro concebeu o troféu aos dois pela divisão de Melhor Ator por Drama e por Comédia ou Musical.

No final das contas, 'noves fora' o carisma, o páreo pende para a transformação física do jovem Eddie Redmayne. Na lista de nomeados, outro britânico ganha destaque: Benedict Cumbertatch, o Sherlock do seriado televisivo da BBC, é bem cotado pelo seu desempenho como o famoso matemático Alan Turing em O Jogo da Imitação.

O comediante Steve Carell concorre pela primeira vez por sua interpretação contida e cheia de make-up (também indicada ao Oscar) do milionário excêntrico de Foxcatcher.

Sem a ajuda do diretor David O. Russell e da atriz Jennifer Lawrence (de Trapaça e O Lado Bom da Vida), o novo 'queridinho' da Meca hollywoodiana Bradley Cooper conseguiu espaço pela terceira vez pelo papel em Sniper Americano.

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Jornal da Paraíba

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