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CULTURA

Brasil festeja 50 anos de clássicos do cinema

'Os Cafajestes' e 'O Pagador de Promessas' completam 50 anos.

Publicado em 01/04/2012 às 8:30

Duas obras que são referências ao cinema nacional completam 50 anos em 2012. Os Cafajestes, do moçambicano radicado no Brasil Ruy Guerra, e O Pagador de Promessas, adaptação do paulista Anselmo Duarte (1920-2009) para uma peça de Dias Gomes (1922-1999).

“Apesar de ter fama por ser o primeiro nu frontal feminino (da atriz Norma Bengell), Os Cafajestes é um dos mais belos filmes do Cinema Novo”, atesta o jornalista Luiz Zanin Oricchio, presidente da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).

“A questão da nudez de uma personagem como um chamariz foi uma decisão consciente, mas, ao mesmo tempo, procurando o contrário do tradicional, ‘deserotizando’ a nudez", afirmou Guerra, em uma entrevista à revista Comunicação & Educação, em 2002.

Zanin julga que o filme ainda mantém toda a sua juventude, como alguns poucos da época. “Com todo o frescor e inventividade, atuações muito marcantes e verdadeiras sobre a juventude carioca perdida.”

“Um grande trabalho de Norma (Bengell)”, continua. “Sua cena do desamparo na praia é uma sequência histórica do cinema brasileiro”, elege, como “os melhores momentos do futebol.”

CIÚMES PELA PALMA
A história de um cidadão de origem humilde, que vê seu burro ficar doente e faz uma promessa de carregar uma pesada cruz até a igreja da cidade, foi o único filme brasileiro a ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França.

Com os longas Absolutamente Certo (1957) e o Pagador de Promessas, Anselmo Duarte chegou a declarar que era um 'precursor' do Cinema Novo, já que não se acreditava que um 'galã' pudesse fazer sucesso atrás das câmeras. Para Zanin, o cineasta não faz parte do movimento encabeçado por Glauber Rocha (1939-1981). “Isso não tira o mérito do filme, apesar de ser esteticamente conservador, atendo-se a forma de narração mais tradicional.”

Segundo o presidente da Abraccine, o cobiçado prêmio gerou 'ciúmes' nos cineastas do Cinema Novo. "Era o grande reconhecimento internacional que o movimento não ganhou, apesar dos seus filmes serem muito bem vistos lá fora."

Zanin acha que O Pagador de Promessas também envelheceu muito bem, passando de "modo muito lúcido o texto de Dias Gomes".

Imagem

Jornal da Paraíba

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