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CULTURA

Casuarina em nova fase

“Temos dez anos de estrada, e nos formamos tocando na noite", disse músico Rafael Freire, intergrante da banda.

Publicado em 03/11/2011 às 6:30

Quem consegue captar claramente a nova fase do Casuarina é o músico Rafael Freire, em entrevista ao JP por telefone. “Eu acho que este disco marca um momento de maturidade do grupo”, sinaliza o cavaquinho e a voz do quinteto ao falar sobre Trilhos/Terra Firme (Warner, R$24,90), disco 100% autoral de um grupo que resolveu finalmente entrar na roda de samba soltando o próprio verbo.

“Temos dez anos de estrada, e nos formamos tocando na noite.

Resolvemos colocar toda a bagagem que conquistamos nestas canções que, em termos de gênero, são bastante ecléticas, indo do samba dolente ao samba de partido alto”, explica Freire.

Saído do caldeirão fumegante da Lapa, no Rio de Janeiro, com um álbum homônimo lançado em 2005 pela Biscoito Fino, Casuarina fez seu nome depois de seu último registro ao vivo, que culminou no CD e DVD MTV Apresenta: Casuarina (2009).

Foi em Certidão (2007), porém, que os sambistas começaram a ter a segurança de ir se arriscando pela composição, à medida que iam ganhando a confiança de parceiros como Frejat e Paulinho Moska (dupla que participou do DVD).

“Recebemos também nomes importantes da cena carioca em nossos shows na Fundição Progresso”, afirma Rafael Freire, um dos responsáveis por transformar uma das casas mais tradicionais do rock brasileiro também em um 'sambão' frequentado por artistas de outras vertentes musicais.

Sobre o entrosamento da banda depois de uma década de convívio, Rafael não mostra dúvidas ao comentar que as divergências não comprometem o resultado dos trabalhos: "A gente se diverte. Hoje em dia administramos muito bem este lance da vaidade. Mesmo 'quebrando o pau' de vez em quando, a gente sempre se entende".

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Jornal da Paraíba

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