icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

'Ceguinhas' revelam desejo de voltar aos palcos

Irmãs falam da vontade de seguir carreira na música, querem encontrar irmã desaparecida e ganham página no Facebook.

Publicado em 07/02/2016 às 11:42

Os relatos das 'Ceguinhas' de Campina Grande sobre a vida difícil na infância e dos problemas enfrentados com parentes logo dão lugar a sorrisos e gargalhadas quando o assunto passa a ser as lembranças dos shows e os bastidores do filme A Pessoa é Para o que Nasce.

“A gente foi para Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza... Salvador foi o lugar que a gente mais gostou, foi o lugar em que cantamos com o Gilberto Gil e mais nos aplaudiram”, lembra Maroca. Em novembro do ano passado, as irmãs também receberam da presidente Dilma Rousseff a Ordem do Mérito Cultural.

“A gente tem muita vontade de voltar a se apresentar, a gente sempre gostou. A única coisa ruim é andar de avião, temos muito medo”, lembra Poroca, ao contar que o filme também proporcionou ao trio uma descoberta até então distante da realidade das irmãs: conhecer a praia.

“Na gravação do filme o Roberto (Berliner) levou a gente para Tambaba. Nunca tinha ido na praia. Só lá que a gente ficou sabendo que nessa praia tinha que tirar a roupa. No começo a gente ficou com vergonha, mas gostamos muito de lá”, lembram.

Ao falar no diretor, as 'Ceguinhas' contam que no final do ano passado, o diretor esteve em Campina Grande e fez uma visita ao trio, com quem sempre mantém contato.

“Ele é como um irmão pra mim. Até hoje, quando aparece alguma coisa, pergunto o que ele acha”, disse Maroca. “Dessa vez, ele disse que nunca viu a gente tão bem cuidada. Foi Deus quem colocou Valquíria (responsável pelas irmãs) no nosso caminho. A gente não esperava que essa sorte viesse para a gente”, acrescentou Poroca.

EM BUSCA DA IRMÃ


Sobre os desejos para o futuro, além de voltar a cantar, coisa que só fazem em casa, quando estão relembrando músicas ou acompanhando o que ouvem no rádio - com preferência para as músicas de Roberto Carlos -, Poroca, Indaiá e Maroca sonham encontrar uma irmã dada pela mãe ainda bebê, no Ceará.

“Nunca tivemos notícias dessa irmã. Minha mãe deu porque não tinha condições. Não sabemos nome, nem temos foto, mas temos o sonho de revê-la um dia. Lembro que era pequena e chorei muito por isso”, afirmou Indaiá.

Os demais irmãos, que diferente delas, não nasceram cegos, pouco tem contato, assim como os demais membros da família. “Tinha dia que elas só tinham pão seco para comer antes de jantar e mal tinham roupa para vestir. Depois de tanto sofrimento, elas não aguentaram e pediram para vir morar comigo, pois mesmo de longe eu já as ajudava. As acolhi e cuido delas como se fossem minhas mães”, contou Valquíria Calixto, que junto com o marido divide seu tempo no cuidado com as irmãs e os três filhos do casal.

Para dar notícias sobre o trio ao público e facilitar o contato com quem tenha interesse em promover apresentações, a família de Valquíria criou uma página no Facebook. Para acessar, basta digitar no campo de busca da rede social a expressão 'As Ceguinhas de Campina Grande' e clicar na opção onde há uma foto das três artistas, que continuam orgulhando a Rainha da Borborema, cidade que as acolhe desde os anos 60.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp