CULTURA
Chacina de Pioz: série sobre o crime estreia em 28 de maio
A série documental sobre a Chacina de Pioz, ‘No se lo digas a nadie’ vai sair pela Atresplayer Premium e foca nas histórias de Patrick Nogueira, condenado pelo crime, e Marvin Henriques, amigo de Patrick que conversou com o assassino durante o crime.
Publicado em 16/05/2023 às 16:37
A série documental sobre a Chacina de Pioz, como ficou conhecido o assassinato brutal da família de paraibanos que morava na Espanha, em 2016, vai estrear no dia 28 de maio. ’No se lo digas a nadie’ ('Não conte a ninguém', em tradução livre) vai ser exibida através do serviço streaming espanhol Atresplayer Premium. Ainda não existe previsão de veiculação no Brasil.
No geral, a produção vai contar com cinco episódios e na estreia apenas os dois primeiros vão estar disponíveis para o público. Cada episódio dura em média 50 minutos. Em outubro de 2022, o primeiro trailer da produção foi divulgado.
A série vai contar a história de Patrick Nogueira, sobrinho de uma das vítimas, primo das duas crianças mortas na chacina e condenado à prisão perpétua pelo assassinato dos parentes, e a relação dele com Marvin Henriques, amigo de Patrick, que estava na Paraíba e chegou a trocar mensagens com o condenado durante o crime. Marvin foi absolvido da acusação de ser partícipe da chacina.
Segunda a Atresmedia, empresa responsável pela série, ‘No se lo digas a nadie’ foi produzida tanto na Espanha, local onde o crime aconteceu, tanto no Brasil, e reúne depoimentos inéditos, incluindo o de Marvin, de amigos dele, e também de Patrick. Conversas reais e arquivos oficiais da polícia também serão mostrados na produção.
Chacina de Pioz
O casal paraibano Marcos Nogueira e Janaína Américo, além dos filhos dele, uma menina de 4 anos de idade e um menino com 1 ano, foram mortos e esquartejados por Patrick Nogueira, sobrinho de Marcos, na casa em que o casal morava na cidade de Pioz, na Espanha, no dia 17 de agosto de 2016. A família era de João Pessoa e passou a morar no país europeu por conta de uma oportunidade de emprego que Marcos havia conquistado em um restaurante.
As mortes das vítimas só foram descobertas 1 mês depois do crime, quando vizinhos notaram um mau-odor vindo da residência em que a família morava.
A Guarda Civil Espanhola, inicialmente, tinha como linha de investigação um possível ‘acerto de contas’ como motivo para a chacina. No entanto, com o avançar da apuração, essa tese foi descartada e posteriormente concluiu-se que Patrick Nogueira era o único suspeito, após a polícia encontrar material genético dele na cena do crime.
No Brasil, em 28 de outubro daquele mesmo ano, a Polícia Civil da Paraíba prendeu Marvin Henriques Correia, um segundo suspeito de envolvimento com as mortes. A prisão foi um pedido do Ministério Público, que acreditava que o jovem de 18 anos tinha participado da chacina, mesmo à distância, através de uma troca de mensagens via WhatsApp com Patrick, no momento em que cometia o crime. No entanto, após julgamento, em julho de 2021, Marvin foi absolvido de ser cúmplice.
Julgado no Brasil, a Justiça entendeu que ele não praticou de nenhum crime tipificado no Código Penal, sendo impossível de ser condenado.
Já Patrick Nogueira, em 2018, foi condenado a três penas de prisão perpétua na Espanha por ter matado o tio e os primos. Além disso, também condenado a uma quarta pena, de 25 anos de prisão, pelo assassinato da própria tia.
As prisões perpétuas para Patrick Nogueira são a mais grave forma de punição na legislação espanhola. No entanto, por lei, as penas podem ser revistas a cada 25 anos. A Justiça também condenou Patrick a pagar uma indenização de 411.915 euros para a família das vítimas e para o proprietário da casa onde o crime aconteceu.
Em mensagens reveladas pela polícia, entre Marcos e Patrick, o jovem teria dito ao tio antes do assassinato que 'gostava de ser mau' e era 'uma pessoa má'.
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