Chico César faz música para capoeirista morto por motivação política

O cantor paraibano Chico César homenageou, nas redes sociais, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, mais conhecido como Moa do Katendê, assassinado na Bahia por motivações políticas. Chico fez uma música para o capoeirista e lamentou o crime .

“Quando morre um capoeira/ Morto assim à traição/ Fica íngreme a ladeira/ E mais pesado o caixão/ Mesmo que a gente não queira/Trinca o dente e o coração/ Moa nem de brincadeira/

Vamos te esquecer irmão”, canta Chico César na música.

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Quando morre um capoeira Morto assim à traição Fica íngreme a ladeira E mais pesado o caixão Mesmo que a gente não queira Trinca o dente e o coração Moa nem de brincadeira Vamos te esquecer irmão ...................................... (minhas homenagens a todo o povo da capoeira e à família do Mestre Moa do Katendê, assassinado pela covarde intolerância fascista em Salvador da Bahia.

Uma publicação compartilhada por Chico César (@oficialchicocesar) em 9 de Out, 2018 às 1:02 PDT

Mestre Moa foi morto com 12 facadas em um bar de Salvador por um apoiador do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). Ele foi atacado após dizer que tinha votado em Fernado Haddad (PT), candidato do PT. O autor do crime, Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, está preso.

“Mestre Moa do Katendê, seu nome será para sempre lembrado e nenhum covarde fascista jamais apagará. Salve a Bahia! Salve a nação brasileira!”, disse Chico César em uma outra postagem.

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Mestre Moa do Katendê, seu nome será para sempre lembrado e nenhum covarde fascista jamais apagará. Salve a Bahia! Salve a nação brasileira!

Uma publicação compartilhada por Chico César (@oficialchicocesar) em 8 de Out, 2018 às 9:12 PDT

'Não controlo meus apoiadores'

O candidato Jair Bolsonaro falou sobre a morte de Moa em uma entrevista na terça-feira (9). Ele lamentou o episódio, mas disse que não tem nenhuma relação com ele, pois não tem controle sobre seus apoiadores. Ele ainda comparou o caso com o atentado que sofreu em Minas Gerais.

“O cara lá que tem uma camisa minha, comete lá um excesso. O que eu tenho a ver com isso? Eu lamento. Peço ao pessoal que não pratique isso. Eu não tenho controle sobre milhões e milhões de pessoas que me apoiam”, disse Bolsonaro. “A violência veio do outro lado, a intolerância veio do outro lado. Eu sou a prova, graças a Deus, viva disso aí”, completou.