Cinema tem 'É Proibido Fumar' e o terror 'Atividade Paranormal'

Renato Félix
Do Jornal da Paraíba

Em 1995, O Quatrilho tinha Patrícia Pillar e Glória Pires nos papéis principais - mas a primeira é que era apontada como a musa do cinema nacional, pela quantidade de filmes que fazia. Hoje, se há uma musa, esta é Glória.

De 2006 para cá, ela estrelou com brilhantismo os dois Se Eu Fosse Você (2006/ 2009), foi a melhor coisa de Primo Basílio (2007), é o principal nome de Lula, o Filho do Brasil (2010), que estreia em janeiro, e mostra seu talento também em um filme de orçamento menor: É Proibido Fumar (Brasil, 2009, estreia nesta sexta-feira, 4, em João Pessoa), de Anna Muylaert.

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No novo filme da diretora e roteirista de Durval Discos (2002), Glória é Baby, uma professora de violão solitária que ganha um novo vizinho: Max (Paulo Miklos), um músico de bar. Ela se interessa por ele e até tenta parar de fumar, mas este não será seu maior problema.

O elenco ainda tem Alessandra Colasanti (que se apresentou no Festival de Artes de Areia do ano passado com o monólogo Anticlássico), Marisa Orth, Lourenço Mutarelli, Paulo César Pereio, Antônio Abujamra, o rapper Thogun e a cantora Pitty.

O filme ganhou sete prêmios no Festival de Brasília, no fim de semana passado: filme, ator (Miklos), atriz coadjuvante (Dani Nefussi), roteiro, direção de arte, trilha sonora, montagem e, naturalmente, atriz (Glória), além de melhor filme pelo júri da crítica. É a consagração de um ano realmente especial para a atriz.

O ano começou com Se Eu Fosse Você 2, que surpreendeu as perspectivas mais otimistas e bateu o recorde de público da Retomada: mais de sete milhões de espectadores. Em Lula, o Filho do Brasil, ela volta a filmar com Fábio Barreto - o que é um bom presságio, já que sem ela ele gerou desastres como A Paixão de Jacobina (2002) e com ela vieram seus melhores filmes, Índia, a Filha do Sol (1982) e O Quatrilho. De janeiro de 2009 a janeiro de 2010, já não se pode dizer que Glória Pires é uma estrela só da televisão.

Depois do oba-oba, estreia ‘Atividade Paranormal’

De tempos em tempos, um filme pequeno surge através do oba-oba criado na internet. Se já foi A Bruxa de Blair (1999), desta vez é Atividade Paranormal (Paranormal Activity, Estados Unidos, 2009, estreia hoje), que virou hit antes mesmo da estreia graças aos vídeos que, supostamente, mostravam mesmo fenômenos sobrenaturais acontecendo durante a noite.

O diretor estreante Oren Peli realizou seu filme a custo baixíssimo - US$ 15 mil dólares -, com quatro atores dentro de uma casa. Nele, um casal (Katie Featherston e Micah Sloat, que emprestam seus nomes para os personagens) resolve tirar a prova se há ou não fantasmas na casa onde vivem e, para isso, decide fazer gravações, inclusive de seu quarto durante a noite.

Esses vídeos são os que foram divulgados como verdadeiros e criaram o oba-oba. O filme finge, como A Bruxa de Blair e REC, ser um documentário que usa as cenas reais.