CULTURA
Clã Brasil é homenageado em JP e se prepara para shows em SP e RJ
Nesta terça-feira (6), grupo paraibano recebe a Comenda Cultural Ariano Suassuna, da Câmara Municipal de João Pessoa, e emenda com shows no Rio e em São Paulo no fim da semana.
Publicado em 06/04/2010 às 8:31
Renato Félix
Do Jornal da Paraíba
Em 2002, o disco A Sedução do Clã Brasil firmou o lançamento do grupo que não procurou revolucionar o forró, mas mostrá-lo com beleza, reverência e destreza. Tendo à frente quatro garotas que mostram que o gênero clássico também é importante para os jovens, o Clã chegou bem mais longe do que seus integrantes poderiam imaginar.
Nesta terça-feira (6), eles recebem a Comenda Cultural Ariano Suassuna, da Câmara Municipal de João Pessoa, às 16h, e emendam com shows no Rio e em São Paulo no fim da semana.
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A comenda, um requerimento do vereador Tavinho Santos, é mais um reconhecimento pela trajetória do Clã Brasil, que começou com quatro shows em junho de 2001 - os dois primeiros, na mesma noite, em Boa Ventura e Diamante - e ano passado foi o primeiro grupo brasileiro a participar de um tradicional festival de música da Estônia.
“A gente não imaginava que o grupo seria respeitado como é hoje”, lembra Lucyane Alves, vocalista e acordeonista, de 24 anos - 15 na época em que o grupo começou. Com as irmãs Laryssa (zabumba e violino) e Lizete (flauta transversa e pífano) e Fabiane Fernandes (cavaquinho, violão de dez cordas), forma a linha de frente do Clã Brasil. Mas na verdade, as meninas começaram bem antes, aprendendo instrumentos eruditos na universidade.
“Eu comecei pelo piano, depois passei para o violino”, lembra Lucy. “Tocamos chorinho em casa com violino, bandolim, flauta. E o forró, claro, sempre foi presente”. O interesse pela sanfona veio depois. “O avô do meu pai, Dedé do Cantinho, tocava fole de oito baixos em Itaporanga, e os tios do meu pai tocavam sanfona. A gente cresceu vendo e ouvindo histórias sobre eles”, conta ela.
No primeiro show, Lucyane ainda tocava cavaquinho. “Estava muito encabulada, mal falava”, recorda. “Mas foi algo mágico”. “Aqueles primeiros shows foram importantes porque a gente sentiu que podia dar certo”, afirma José Hilton Alves, o Badu, pai de Lucyane, Laryssa e Lizete - Fabiane é filha do Maestro Chiquito, que cuidou dos arranjos na fase inicial do grupo. “As meninas estavam nervosas, com as mãos geladas”.
Muito mais tranquilas certamente estarão no show em São Paulo, quinta, e no Rio, sexta e sábado. Na capital fluminense, serão dois shows no evento Rio Mostra Paraíba e um na Feira de São Cristóvão. “Tudo aconteceu no tempo certo: a gente foi crescendo e tomando noção do que estava fazendo, tomando a frente. E foi parar do outro lado, além-mar”, resume Lucyane.
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