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CULTURA

Clássicos (re)vistos em 3D

Antecipando os 75 anos de um dos filmes mais queridos do cinema, a Warner Home-Vídeo acaba de relançar O Mágico de Oz, em 3D.

Publicado em 14/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 11/05/2023 às 15:28

O encantador O Mágico de Oz (1939) tem, no blu-ray, o tratamento que jamais teve no home-vídeo, sequer no cinema.

Tudo parte da ótima restauração do filme em 2009, quando os negativos do longa-metragem foram escaneados em 8K (uma resolução oito vezes maior que a atual) a partir de uma boa cópia em Technicolor, um trabalho tão minucioso que envolveu algo em torno de mil profissionais ao longo de 15 anos.

Antecipando os 75 anos de um dos filmes mais queridos do cinema, a Warner Home-Vídeo acaba de relançar O Mágico de Oz, desta vez em 3D. O estojo, já nas lojas, contém dois discos, um para o filme em 3D e outro para o longa em 2D, acrescido de um documentário inédito (‘The Making of The Wizard of Oz’, de pouco mais de uma hora, narrado pelo ator Martin Sheen) entre featurettes retirados de edições anteriores.

Originalmente, O Mágico de Oz não foi feito em 3D, mas a construção dos efeitos em cima da cópia restaurada valoriza o majestoso cenário do filme, dando-lhe profundidade de campo e um visual encantador sob cores extremamente consistentes.

Uma beleza. Talvez não desperte, na garotada que cresceu em ambiente digital, o frisson que uma animação atual causa, mas é uma exibição que encantará olhos nostálgicos.

TERROR GÓTICO

Em que pese a relevância de O Mágico de Oz, muito mais fundamental para o formato 3D é o lançamento de Museu de Cera (1953), que também sai em blu-ray pela Warner em forma híbrido (também pode ser visto em 2D).

O filme do húngaro André De Toth (1912–2002) é um marco tão grande para a tecnologia 3D quanto Avatar (2009), de James Cameron, que inaugurou a nova onda dos efeitos tridimensionais.

Estrelado por Vincent Price (1911–1993) e um irreconhecível Charles Bronson (1921–2003), então com pouco mais de 30 anos, o filme narra a história de um escultor de bonecos de cera (Price) obcecado pela beleza de sua obra que é traído pelo seu sócio e dado como morto. Tempos depois, retorna desfigurado e reabre seu museu, com uma proposta muito mais macabra.

Museu de Cera foi a primeira aposta de um grande estúdio em um filme 3D colorido e obteve expressivos resultados, tanto artísticos quanto comerciais. Foi um estouro para a época.

Curiosamente, seu diretor enxergava apenas por um olho (Jack Warner exigiu que durante as filmagens ele tirasse o tapa-olho), mas concebeu um 3D tecnicamente impecável utilizando as hoje jurássicas câmeras Natural Vision.

“Para o diretor, era irrelevante o fato de só ter um olho", comenta o diretor Martin Scorsese no documentário de quase 50 minutos que acompanha o blu-ray. "O filme foi todo feito matematicamente: a profundidade de campo, as distâncias, o tamanho dos objetos no quadro...”.

Scorsese confessa, ainda, que fez toda a equipe de A Invenção de Hugo Cabret (2011) assistir ao filme de Toth para ter noção de como se trabalha os efeitos 3D num filme.

André de Toth era um pensador da tecnologia tridimensional. Foi escolhido pelo estúdio depois de escrever alguns ensaios sobre o uso do 3D. Fez dele um ótimo uso, realçando os elementos macabros do longa, um filme de terror gótico de grande suspense e cores fortes.

De quebra, o filme trouxe outra inovação para o cinema: para acompanhar o 3D, a Warner investiu em um som estéreo de última geração (batizado de ‘WarnerPhonic’), que utilizava um surround rudimentar, cujo custo, para as salas exibidoras, era maior que os projetores 3D.

Museu de Cera, que alavancou a carreira de Price, é a refilmagem de Os Crimes do Museu (1933), da própria Warner, que vem nos extras do blu-ray. Anos mais tarde, o filme inspiraria o fraco A Casa de Cera (2005), estrelado por Paris Hilton.

Imagem

Jornal da Paraíba

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