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CULTURA

Clint Eastwood encara preconceitos em Gran Torino; veja as estreias

Filme de Clint Eastwood chega aos cinemas de João Pessoa. Também estreiam nesta sexta-feira a animação Monstros vs. Alienígenas e Velozes e Furiosos 4.

Publicado em 03/04/2009 às 10:26

Renato Félix, do Jornal da Paraíba

Como estaria hoje Harry Callahan, policial durão interpretado por Clint Eastwood em cinco filmes entre 1971 e 1988? Muita gente comparou o Walt Kowalski de Gran Torino (Gran Torino, Estados Unidos, 2008, estreia hoje em JP) a Dirty Harry: mal-humorado e implacável. A isso, inclui-se elementos da grande fase atual de Eastwood, onde a ação, quando existe, está sempre a serviço da reflexão. A amargura de Kowalski e seu preconceito contra os novos vizinhos é o tema principal do filme.

A ação Velozes e Furiosos 4 e a animação Monstros vs. Alienígenas também estreiam nesta sexta.

Veja aqui a programação completa dos cinemas.

Confira mais opções de lazer na Agenda Cultural.

Em Gran Torino, Eastwood é um veterano da Guerra da Coréia que acaba de perder a esposa. Para a casa ao lado, muda-se uma família hmong, povo espalhado entre China, Tailândia e Laos - neste caso, imigrantes que vieram do Laos. Para Kowalski, é tudo chinês e ele não faz questão de esconder seu preconceito. Mas um dia, ele acaba salvando os novos vizinhos de uma gangue que ameaça os arredores. Para eles, vira um herói, mesmo que não queira ser, e vai rever seus valores através desse primeiro contato forçado.

O Gran Torino no título é um carro de 1972, na garagem de Kowalski. Não deixa de ser um paralelo também com a indústria automobilística americana, em crise há vários anos (a GM está prestes a pedir concordata), já que a história trata de um modelo de homem em decadência (e certamente não é por acaso que o filme se passa em Detroit, sede dessa indústria nos EUA).

É com a ligação ao garoto da família ao lado que ele vai dominar demônios interiores - elemento a partir do qual muita gente também comparou Gran Torino aos filmes de John Ford (por exemplo, Rastros de Ódio, de 1956).

No caso, o personagem também lembra não só Dirty Harry, mas outros personagens de Clint Eastwood, como o treinador Frankie Dunn, de Menina de Ouro (2006), e Bill Munny, de Os Imperdoáveis (1992). São personagens amargurados que, em contato (não desejado, a princípio) com jovens, aprende com eles (no primeiro caso) e consegue lidar melhor com seu passado violento (no segundo).

O trabalho de Clint como ator em Gran Torino foi aclamadíssimo - embora tenha faltado as indicações aos prêmios. O filme acabou sendo meio posto de lado em favor de A Troca, o outro filme de Eastwood do ano passado. O National Board of Review, ao menos, premiou Clint como o melhor ator do ano.

Ele completa 79 anos no próximo dia 31 de maio, cheio de vitalidade. Mesmo assim, anunciou em novembro que não vai mais atuar em filmes. Se Gran Torino for a última vez em que veremos Clint na frente das câmeras, ele saiu bem por cima.

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Jornal da Paraíba

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