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CULTURA

Clube vai reunir apreciadores da cultura do vinil a partir de hoje em João Pessoa

'Clube do Vinil' tem início hoje, na Usina Cultural Energisa, em João Pessoa, disposto a reunir entusiastas do velho bolachão.

Publicado em 04/03/2015 às 8:31 | Atualizado em 20/02/2024 às 17:54

Uma máquina do tempo nos leva de volta a uma época em que os discos de vinil eram os protagonistas da música.

Aparentemente, o passado não está tão distante assim e a máquina do tempo é, na verdade, o Clube do Vinil, projeto que se inicia nesta quarta-feira (4) no Café Usina da Usina Cultural Energisa, em João Pessoa.

De uns anos pra cá, os LPs têm deixado de ser apenas peças de colecionador para se tornar o queridinho entre o público em geral. Foi pensando nesse quadro que o produtor cultural Rivaldo Dias vislumbrou um ponto de encontro entre os apreciadores da cultura do vinil. “O movimento está crescendo. Percebi que só existiam feiras e sentia falta de algo mais”, justifica.

A intenção de Dias é criar um hábito entre interessados e colecionadores do famoso “bolachão”, de se encontrarem para conversas e debates sobre o assunto. O produtor também propõe um espaço de trocas e vendas de discos, além de discotecagem.

Pensando no ritual de colocar o disco na radiola, o clube irá disponibilizar um aparelho de vinil para que as pessoas possam levar seus discos para tocar lá. “O som do vinil, o som da agulha tocando no disco, é muito gostoso. Eu queria criar este hábito nas pessoas, de voltar a escutar discos, escutar música”, comenta Rivaldo.

Sobre a iniciativa de formar um clube sobre a cultura do vinil em João Pessoa, as opiniões são positivas. Para o DJ Felipe Matheus, o mercado de vinil ainda é um pouco limitado na cidade. “Acho o evento importante. Em João Pessoa várias pessoas estão começando a colecionar vinil, então acho legal esse lance de venda e troca e de ter um clube voltado pra isso”, comenta.

O proprietário da Música Urbana, Robério Rodrigues, também elogia a iniciativa. “Acho ótimo, porque divulga mais o vinil e aparece mais compradores pra gente”. Para Óliver de Lawrence, da Óliver Discos, se temos um mercado em ebulição é necessário mais divulgação, por isso “a iniciativa é excelente”.
O projeto, que estreia hoje às 19h, tem a pretensão de acontecer quinzenalmente. O Clube do Vinil faz parte de uma programação cultural variada que acontece de terça a domingo no Café Usina.

O RETORNO
No início da década de 90, as previsões para o futuro do vinil eram as mais pessimistas e catastróficas possíveis. Os avanços da tecnologia apresentavam o CD como a promessa para o mercado musical daquele tempo e os bolachões começaram a se tornar obsoletos.

Este quadro está se invertendo atualmente. A tecnologia pode até ter nos trazido os gloriosos MP3s, iPods e tornado bastante acessíveis os downloads de álbuns nacionais e internacionais. Mas o vinil deu uma reviravolta e sua procura no mercado aumenta a cada ano, inclusive com novas edições novinhas em folha de novos e velhos títulos.

Segundo Robério, todo dia aparece comprador na loja situada na Praça Rio Branco, em João Pessoa. “A média de vendas atualmente é de cinco LPs por dia”, afirma. Óliver conta que, com esse “revival” do vinil, há dias em que sua loja, na av. Rui Carneiro, vende mais LPs do que CDs. Entre os gêneros mais procurados por lá, o heavy metal e o rock se destacam. Mas os clássicos da década de 70 e os discos de MPB também estão no topo dos mais procurados.

Sobre os novos LPs que estão sendo fabricados, Rodrigues afirma que vende alguns, quando os consegue colocar na loja. “O custo desses novos LPs é alto, daí o preço acaba saindo salgado”. Óliver compartilha da mesma opinião: “Acho um absurdo os preços cobrados pelos lançamentos em vinil no Brasil. Vendo esses novos mais sob encomenda”.

Desconstruindo a ideia de que a cultura do vinil é um comportamento “retrô”, Felipe Matheus, 23 anos, entra na estatística dos novos colecionadores. Ele não acompanhou o momento da transição do bolachão para os compactos e durante muito tempo cultivou um acervo de CDs. Mas de uns três anos pra cá, se encantou pelo vinil e decidiu mudar sua coleção. “Pra mim, o encarte conta muito, além do ritual de colocar o vinil na radiola e escutar a música. Por isso substituí o CD pelo LP”.

Entre lançamentos e discos antigos, seu acervo tem sido construído com muito indie rock, artistas independentes e bossa nova. Os antigos LPs, Matheus encontra nas lojas de João Pessoa. Já os lançamentos, ele compra quando viaja. “Quando vou a São Paulo, dou uma garimpada. Tem muita loja de vinil por lá, o mercado é grande”.

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Jornal da Paraíba

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