CULTURA
Com bênção dos orixás
Elioenai Gomes retrata divindades africanas em mostra que abre hoje em João Pessoa.
Publicado em 30/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 08/02/2024 às 18:43
“A visualização de pontos históricos de João Pessoa fazendo ligação com os orixás”. Esse é o ponto de partida da exposição Kolofé - Um Caminho de Expansão Afro Cultural, de autoria de Elioenai Gomes, cujo vernissage gratuito acontecerá neste sábado, às 16h30, na Galeria da Ladeira, localizada no ateliê multicultural que leva o nome do artista, no Varadouro.
Segundo Elioenai, as obras resgatam a memória ancestral dos anônimos da História, a mão de obra escrava que edificava as construções dos casarões, praças, igrejas e monumentos paraibanos. Tudo interligado pela fé como força de resistência através das divindades do panteão africano.
“É um processo de desconstrução da intolerância”, explica o paraibano. “Kolofé significa 'benção' (em Iorubá)”.
São 17 telas com técnica mista que prevalece a acrílica, concebidas em 17 lugares diferentes da capital: lugares como o Centro Cultural São Francisco, o Porto do Capim e o pôr do sol no Casa da Pólvora, dentre outros, foram focados com direito a um fechamento com uma louvação.
“As telas foram pintadas sobre o preto”, comenta Elioenai Gomes. “A base como negro para a expansão da luz”.
No lançamento da mostra, haverá um vislumbre de todo o panorama do projeto. Haverá uma projeção do registro fotográfico de Gustavo Moura, exibição do curta-metragem Kolofé, de Thomas Freitas, e performances de ritmos africanos com os grupos Obí, 5A Cia. de Dança e Raízes.
Kolofé permanecerá na Galeria da Ladeira até 30 de junho. Depois segue para o Centro Cultural São Francisco.
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