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CULTURA

Com texto fluente, Clotilde Tavares fala de teatro e livros

Autora reúne 150 crônicas no livro "Coração Parahybano - Crônica, Literatura e Memória", que lança nesta sexta-feira (5), às 18h30, na Fundação Casa de José Améric

Publicado em 05/09/2008 às 8:50

De Astier Basílio, do Jornal da Paraíba

Clotilde Tavares escreve fácil. O texto flui, simples. Cronista de mão cheia, ela reuniu quase 150 crônicas no livro "Coração Parahybano - Crônica, Literatura e Memória" (Edições Linha D’Água, 130 págs.). O lançamento acontece nesta sexta-feira (5) às 18h30, na Fundação Casa de José Américo, em João Pessoa. A apresentação da obra será feita pelo jornalista Gonzaga Rodrigues.

Paraibana de Campina Grande, Clotilde morou 35 anos na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, e há dois anos está radicada em João Pessoa. E é de seu apartamento, cercada pela sua principal paixão, os livros, que Clotilde escreve suas crônicas para sites, blogs e jornais, nos quais discorre sobre os mais diversos temas. Literatura, teatro, cinema, cultura popular são alguns dos assuntos de preferência de Clotilde.

Mesmo percorrendo temas dos mais diversos, Clotilde tem uma característica marcante: dá um tom bem pessoal aos seus textos. Vejamos como exemplo, a crônica "Livros Mortos", em que Clotilde, dentre outras perdas, narra a tarde em que esteve com Câmara Cascudo, que lhe autografou alguns livros e nos conta a decepção por não vê-los mais em sua estante.

“Finalmente não consigo tirar da minha mente dois enormes álbuns de Flash Gordon que foram devorados pelos cupins (...) quando um dia peguei o livro, veio somente a capa, feita de cartão duro. O miolo, repositório de galáxias, continente de universos, desfez-se em pó nas minhas mãos como o planeta Mongo, devorados sem dó pelos insetos assassinos.

As crônicas de Clotilde são assim, como um bate-papo. O texto que dedica ao pai, o escritor Nilo Tavares, é antológico: “Durante quase um ano e meio, até sua morte em maio de 1999, tive-o junto a mim, já velhinho, esclerosado (...) Seus súbitos lampejos de consciência lhe faziam recitar sonetos e mais sonetos e contar histórias antigas. Às vezes, me confundia com sua própria mãe. Eu dizia: ‘Não, papai, eu sou Clotilde, sua filha’. Ele respondia: ‘Não! Clotilde, a minha filha, é uma meninazinha lourinha, que quando eu chego em casa põe as mãozinhas na cintura e dança contente dizendo: Papai chegou, papai chegou’”.

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Jornal da Paraíba

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