CULTURA
Confira as novidades que entram em cartaz nos cinemas de JP e CG
'O Preço da Traição' e 'Surpresa em Dobro' estreiam nesta sexta-feira (25). Já o final da saga 'Crepúsculo', o filme 'Eclipse', tem pré-estreia marcada para quarta-feira (30).
Publicado em 25/06/2010 às 16:57
Renato Félix
Do Jornal da Paraíba
Sexo como um jogo de poder é um tema recorrente do diretor egípcio Atom Egoyan, que cresceu no Canadá. Em Exótica (1994) e Verdade Nua (1997), o componente sexual era elemento forte em tramas intrincadas e agora assume o centro em O Preço da Traição (Chloe, Estados Unidos/ Canadá/ França, 2010, estreia hoje, em JP). També chega às telonas na Paraíba o filme 'Surpresa em Dobro'. Já a pré-estreia de 'Eclipse' acontece à 0h de quarta-feira (30).
Acesse a programação completa dos cinemas
Encontre mais opções de lazer na Agenda Cultural
Nele, Julianne Moore (foto) é a esposa de Liam Neeson, que, desconfiada do marido, empreende um jogo arriscado: contrata uma garota de programa (Amanda Seyfried) para testar a fidelidade dele.
É claro que as coisas não saem como foi planejado originalmente. O Preço da Traição ganhou o mesmíssimo título nacional do filme de 1996 com Nick Nolte e Jennifer Connelly, mas eles não têm absolutamente nada em comum.
O filme de Egoyan é uma refilmagem, mas do francês Nathalie X (2003), com Emmanuelle Béart, Fanny Ardant e Gérard Depardieu, e dirigido por Anne Fontaine.
Egoyan também gosta de flertar com o subgênero do filme noir, o que ele fez de maneira bem mais explícita em Verdade Nua e sua ambientação nos anos 1950. O Preço da Traição se passa nos tempos atuais, mas o tom de mistério e perigo permanece. A “investigação” de Chloe, a prostituta, acaba influenciando a vida da contratante, a ginecologista Catherine.
O filme larga na frente por um elenco bem escolhido. Julianne Moore é uma das poucas garantias de boa atuação que há hoje. Liam Neeson teve que se dedicar ao papel mais do que o normal: foi durante as filmagens de O Preço da Traição que a esposa de Neeson, a atriz Natasha Richardson, sofreu um acidente enquanto esquiava, o que a levou à morte.
Já Amanda Seyfried (foto, em primeiro plano) tem surgido nas críticas como o grande destaque – e ela está em inegável ascensão em Hollywood. Ela foi coadjuvante em Meninas Malvadas (2004), o melhor filme de Lindsay Lohan, que revelou Rachel McAdams. É do elenco fixo da série Big Love (2006 – ainda em cartaz) e teve ótima performance também cantando em Mamma Mia! – O Filme (2008), dividindo a cena com Meryl Streep.
Na sequência, ela estrelou Garota Infernal (2009) ao lado da pin up da vez, Megan Fox, com quem protagoniza uma cena ousada. Mas é O Preço da Traição que mostra seu lado mais ousado até então.
O filme que só chega aos cinemas locais hoje já é passado na filmografia de Amanda Seyfried. Ela passa a ser o nome principal dos filmes em que atua: já estrelou depois dele o drama romântico Querido John (2010), ainda inédito por aqui, e a comédia romântica Cartas para Julieta (2010), que até ontem estava em cartaz em João Pessoa. Há mais um filme em produção, dois em pré-produção e dois outros projetos anunciados – um deles é até uma versão de Cinderela.
Ela começou como modelo, aos onze anos – tem 24 atualmente. Iria estudar meteorologia se não tivesse sido atriz e numa ponta na série Veronica Mars (2004), como a amiga morta da protagonista, já se viu o poder de seu carisma: o personagem fez tanto sucesso que acabou voltando em outros flashbacks!
Seu sucesso em Mamma Mia! não chega a ser uma surpresa: ela teve treinamento em ópera clássica por dois anos e estudou por cinco anos com um diretor de voz da Broadway – uma paixão que certamente cresceu quando ia da Pensilvânia para Nova York assistir a musicais como Cats e Les Miserables e resolveu ser atriz aos dez anos, depois de assistir a Romeu & Julieta (1996).
Bom, ano passado, foi eleita pela revista People uma das 100 pessoas mais bonitas do mundo. Mas nem precisa, porque ninguém nega seu talento.
Comentários